Corpo e qualidade de vida
Segurança e ergonomia
Conhecida
comumente como estudo científico da relação entre o homem e seus ambientes de
trabalho, a ergonomia tem alguns objetivos básicos que são: possibilitar o
conforto ao indivíduo e proporcionar a prevenção de acidentes e do aparecimento
de patologias específicas para determinado tipo de trabalho.
São
constantes os estudos feitos a respeito da relação do homem com o ambiente de
trabalho, o conforto ou mesmo horas de descanso. Ambos são de grande importância,
mas, poucas pessoas prestam atenção nestes detalhes. A ergonomia vem justamente
estudar estas medidas de conforto, a fim de produzir um melhor rendimento no
trabalho, prevenir acidentes e proporcionar uma maior satisfação do
trabalhador.
A
ergonomia se preocupa com as condições gerais de trabalho, tais como, a
iluminação, os ruídos e a temperatura, que geralmente são conhecidas como
agentes causadores de males na área de saúde física e mental, mas que o estudo
procura traçar os caminhos para a correção. O seu objetivo é aumentar a
eficiência humana, através de dados que permitam que se tomem decisões lógicas.
O
custo individual é minimizado através da ergonomia, que remove aspectos do
trabalho, que a longo prazo, possam provocar ineficiências ou os mais variados
tipos de incapacidades físicas.
Nas
condições em que a atividade do indivíduo envolve a operação de uma peça de
equipamento, na maioria das vezes, ele passa a constituir, com este
equipamento, um sistema fechado. Este visa apresentar muitas das
características de auto-regulamentação (feedback). Como dentro de tal sistema é
o indivíduo quem usualmente decide, torna-se necessário que ele seja incluído
no estudo da eficiência do sistema. Para que a eficiência seja máxima é preciso
que o sistema seja projetado como um todo, com o homem completando a máquina e
esta completando o homem.
Uma
das causas da baixa produtividade pode ser o desconforto, que entre as suas
várias causas está diretamente ligada à adequação do corpo frente a um
determinado equipamento. A questão da iluminação, que além de poder causar
danos à visão, contribui significativamente na baixa pessoal da capacidade de
produção de uma pessoa, quer seja em um escritório, indústria, como até mesmo
em ambientes de trabalho mais sofisticados. Além disso, os ruídos e mudanças de
temperatura também influem negativamente neste processo.
Com
relação aos problemas de coluna, o ideal ainda é a prevenção, portanto buscar
no ambiente de trabalho, a adequação de cadeiras e mesas seria o ideal para
protegê-la. Mas, quando não for possível contar com um escritório mais
adequado, procure sempre sentar em cadeiras com encosto reto e em casa, fuja
dos sofás muito macios. Aparentemente confortáveis, eles são um convite para
que você se jogue no assento de qualquer jeito. Mas o que fazer?
Atualmente
várias empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho dos empregados e
já estabelecem uma série de programas como forma de incentivar a saúde do
trabalhador. Nas grandes capitais e áreas mais industrializadas, o
empresariado, já consciente dos futuros problemas, está investindo neste
programas, como também, em estudos sobre as vantagens da ergonomia para a
melhoria da produção nas empresas. Se por um lado, o uso da ergonomia pode
sugerir maior gasto, por outro representa uma economia para a empresa e como
conseqüência, a melhoria da saúde do trabalhador e da sociedade.
Lazer e trabalho
O significado de lazer como o inverso das obrigações de
diferentes naturezas, principalmente das obrigações do trabalho, vem
predominando em nosso contexto. Freqüentemente, entende-se o lazer como tempo
de "não-trabalho", tempo "livre" ou "desocupado";
tempo dedicado à diversão, à recuperação de energias, à fuga das tensões e ao
esquecimento dos problemas que permeiam a nossa vida cotidiana. Constituindo um
momento propício para gozar a vida, difunde-se a idéia de que o lazer é capaz
de proporcionar tudo aquilo de que somos privados não somente no trabalho, mas
em todas as dimensões de nosso viver: o prazer, a liberdade, a alegria, a
autonomia, a criatividade e a realização. Contudo, o lazer fracassa juntamente
com as nossas insatisfações, pois não representa um fato isolado da dinâmica
social mais ampla, refletindo as contradições e as múltiplas formas de
alienação e de marginalização presentes em nosso meio. Nesse sentido, para
compreender porque o lazer vem sendo concebido como um tempo oposto ao
trabalho, capaz de resolver ou atenuar as mazelas da sociedade, é essencial
analisar o seu processo de constituição histórica no mundo ocidental, sempre
concebido em função de determinados interesses hegemônicos.