sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Procedimentos de leitura

Marcar palavra-chave 

Palavra-chave é o termo que sintetiza as idéias importantes do texto, traduz o sentido de um contexto ou o torna claro. Num texto que associa o aumento da violência à programação da televisão, as palavras-chave poderiam ser: televisão, programação, aumento da violência.

Grifar textos 

Os leitores grifam ou sublinham passagens dos textos quando têm a intenção de deixar marcadas ideias que consideram importantes ou que revelam como o texto está organizado. É importante saber o que se pretende antes de iniciar o procedimento.
Resumir
É uma excelente forma de estudar em profundidade. Resumir não é apenas copiar alguns trechos nem citar o início de cada parágrafo, mas condensar fielmente as idéias ou os fatos contidos em uma produção maior sem perder de vista: 
Cada uma das partes essenciais; 
A progressão em que elas se sucedem; 
A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes. 

Sem compreender o sentido global, é impossível fazer um bom resumo. Ao mesmo tempo, a elaboração do resumo leva à melhor compreensão do texto. É fundamental também observar o título e os subtítulos (quando houver).

Fichar

É o registro de dados relevantes sobre algum tema ou assunto, conforme os objetivos da leitura. Se no resumo recupera-se a totalidade do texto principal, no fichamento há seleção, organização e registro de informações para atender a objetivos específicos de leitura.
Esquematizar
É composto de palavras-chave ou frases que sejam muito significativas para a compreensão do texto e permite que as articulações entre os diversos elementos sejam visualizadas. A representação simplificada do esquema leva à fixação das informações do texto.

Fazer paráfrase

Usa-se quando se quer escrever um texto com base em outro para torná-lo mais compreensível ou apresentar um novo enfoque. Em uma paráfrase, é possível ampliar ou reduzir uma passagem, traduzi-la em uma linguagem mais simples ou interpretá-la.

Ambiguidade

Ambiguidade é o nome dado, dentro da linguística na língua portuguesa, à duplicidade de sentidos, onde alguns termos, expressões, sentenças apresentam mais de uma acepção ou entendimento possível. Em outras palavras, ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase. Apesar de ser um recurso aceitável dentro da linguagem poética ou literária, deve ser na maioria das vezes, evitado em construções textuais de caráter técnico, informativo, ou pragmático.
Os tipos comuns de ambiguidade, como vício de linguagem são:
Uso indevido de pronomes possessivos

Ex: A mãe pediu à filha que arrumasse o seu quarto.
Qual quarto? o da mãe ou da filha? Para evitar ambiguidade:
Ex: A mãe pediu à filha que arrumasse o próprio quarto.
Colocação inadequada das palavras

Ex: A criança feliz foi ao parque.
A criança ficou feliz ao chegar no parque, ou estava assim antes?
Ex: Feliz, a criança foi ao parque.
Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção integrante

Ex: A estudante falou com o garoto que estudava enfermagem.
Quem estuda enfermagem, a estudante ou o garoto?
Ex: A estudante de enfermagem falou com o garoto;
ou
Ex: A estudante falou com o garoto do curso de enfermagem;
Uso indevido de formas nominais

Ex: A moça reconheceu a amiga frequentando a academia.
Quem estava na academia? a moça ou a amiga?
Ex: A moça reconheceu a amiga que estava frequentando a academia.
ou
Ex: A moça, na academia, reconheceu a amiga.

Intertextualidade


Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação ou na forma implícita, onde a indicação é oculta, por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.

Narração

Narrar é contar um fato, um episódio.Todo discurso em que algo é contado possui os seguintes questionamentos:onde, quando, como, porque e com quem, todos girando em torno de um fato.
É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações, sendo assim a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de enredo.
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas personagens, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado. As personagens são identificadas no texto narrativo pelos substantivos próprios.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando onde  as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço, representado no texto pelos advérbios de lugar.
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer quando ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de tempo.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor como ou porque o fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma introdução (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o narrador,  que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa) ou impessoal (narra em 3ª. pessoa).

Descrição

Descrever é caracterizar alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que o particularizem em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. 
No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais comuns são os verbos de ligação (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, ter, parecer, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características representadas linguisticamente pelos adjetivos aos seres  caracterizados representados pelos substantivos.
Ex:. O pássaro é azul. 
1ºCaracterizado: Pássaro
 2ºCaracterizador ou característica: Azul 
O verbo que liga 1º com 2º: É
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descrevem e que se referem às características não-físicas do caracterizado). 
Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva).  

Dissertação

Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem argumentadas.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa, ou seja, de maneira impessoal, objetiva e sem prolixidade. Que a dissertação seja elaborada com verbos e pronomes em terceira pessoa. 
O elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das conjunções coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira introduzir e defender, é por isso que as conjunções são chamadas de marcadores argumentativos.
Todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: 
A Introdução a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um conceito ou através de questionamento(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um ponto de vista e de seu argumento principal. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos:
Transforme o tema numa pergunta;
Responda a pergunta;
Coloque o porquê da resposta.
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os argumentos auxiliares e os fatos-exemplos, geralmente em uma redação ideal devem ser distribuídos em três parágrafos.
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente todas as idéias do texto para que o ponto de vista inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.

Argumentação


Argumentar  é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou idéia.
Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela.
Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos.
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito de determinado assunto.
Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia-a-dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos.

Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve-se afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas.
Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser inverossímeis.
Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar qualquer pessoa.
Experiências que comprovem os argumentos devem ser também coerentes com a realidade.
Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa.
Sobre a estrutura do texto:
Deve conter uma lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava.
No início do texto deve-se apresentar o assunto e a problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para não se contradizer.
Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e citações (se existirem).
No final do texto as idéias devem ser arrematadas com uma tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor durante todo o texto, a medida que ele vai lendo e se direcionando para concordar com ela.
Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-argumentos.
Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto.

Persuasão


Persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-racionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma idéia, uma atitude, ou realizar uma ação.
É o emprego de argumentos, legítimos ou não, com o propósito de conseguir que outro(s) indivíduo(s) adote(m) certa(s) linha(s) de conduta, teoria(s) ou crença(s).

Articulação textual: coesão/coerência
A coesão trata basicamente nos estudos das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa sequenciação de eventos.
Quando falamos de coesão, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico- semântica entre as partes de um texto.
Ex: A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar.
 A coerência aborda a relação lógica entre idéias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre os usuários da língua portuguesa.
É acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem.
Ex: Aquele garoto não gosta de futebol e, portanto fica chamando seus amigos para jogar videogame.

Fonética


A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo . Segundo Gregory, subdivide-se em:
Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);
Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva.
Outros autores consideram também uma terceira subdivisão:
Fonética auditiva: estuda os processos que realiza o receptor na recepção e interpretação da onda sonora.
A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones. A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através do Alfabeto Fonético Internacional (AFI), desenhado pela Associação Internacional de Fonética (I.P.A.).
Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. Por exemplo, o som de "rr" em alguns dialetos do português do Brasil é realizado foneticamente pela consoante fricativa velar surda (x no AFI). Entretanto, essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no AFI) que a palavra que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenómeno, dá-se em fonologia o nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português do Brasil. Um grupo composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é denominado fonema. Deve-se ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa, por exemplo, no Alemão compõem fonemas separados.

Sintaxe


A Sintaxe é a parte da língua que estuda as relações dos componentes que integram uma oração. E também as combinações que as orações constituem entre si na formação dos períodos. Logo, a maneira pela qual se dá os ajustes das informações em orações ou períodos é a pretensão de estudo da sintaxe.
Ex: As crianças lindas brincaram muito na escola hoje. 

Primeiramente, nós só entendemos a oração acima porque conseguimos obter uma informação a partir dela. Por sua vez, essa informação nos é transmitida através das combinações de elementos na oração.
Retomando a frase sugerida acima, e nos propondo a fazer uma análise sintática, observamos que, de modo generalizado, o sujeito “as crianças” faz uma ligação e é adjetivado por “lindas”, também é complementado pelo verbo “brincaram”, esse último faz combinação com os advérbios de intensidade “muito”, de lugar “na escola” e de tempo “hoje”.
Vemos que há elementos primordiais na oração, através das quais as informações são norteadas: crianças, brincaram, escola. 
Enquanto há outros elementos que estão na frase como complemento e são dependentes: as, lindas, muito, na, hoje. 
Concluímos que na análise sintática de uma oração há termos essenciais e termos integrantes ou acessórios. 

Período simples e composto


Quando uma declaração, um enunciado, é composta apenas por uma oração, por uma ação verbal, é chamada de oração absoluta ou período simples.
Ex: Lucas adoeceu repentinamente.
Quando uma declaração/ enunciado contém duas ou mais orações, este enunciado é chamado de período composto.
Há dois tipos de período composto:
Período composto por uma oração: como o nome já diz, um período composto por coordenação é formado por duas ou mais orações coordenadas, ou seja, que não possuem nenhum tipo de dependência uma das outras.
Ex: Corram depressa e saiam pela direita!
Período composto por uma subordinação: este tipo de período é formado por uma oração principal que é complementada com uma ou mais orações subordinadas. Estas orações poderão exercer a função de sujeito, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc, dentro da estrutura da oração principal.
Ex: A polícia sabia que havia pessoas no prédio.
Há também casos em que um mesmo período é composto por coordenação e subordinação.
Neste caso, o período possui dois tipos de relação: subordinação e coordenação. No caso abaixo, há uma oração principal, que possui duas orações subordinadas a ela, e estas duas orações são coordenadas entre si.
Ex: É bom que ela venha amanhã e traga os livros.
Observe que a oração “que ela venha amanhã” não possui nenhum tipo de dependência com a oração “(que ela) traga os livros”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal, iniciada com “É bom que...”.

Concordância verbal e nominal

 Concordância verbal

A regra básica da concordância verbal é o verbo concordar  em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase.

Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa. 
Ex.: O artista excursionará por várias cidades do interior.

Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural. 
Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram com que todos o abandonassem.
Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural.
Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) a confusão e a tristeza” (Dinah S. de Queiroz).

Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o verbo concordará conforme a prioridade gramatical das pessoas.
Ex.: Eu e você somos pessoas responsáveis.
Atenção! Tu e ela estudais / estudam. A segunda forma é mais usada atualmente.

Expressões não só... Mas também, tanto/quanto que relacionam sujeitos compostos permitem a concordância do verbo no singular ou no plural.
Ex.: Tanto o rapaz quanto o amigo obtiveram/obteve nota máxima na redação do ENEM.

Sujeito composto ligado por ou:
- indicando exclusão, ou sinonímia – o verbo fica no singular.
Ex.: Maria ou Joana será representante.
- indicando inclusão, ou antonímia – o verbo fica  no plural.
Ex.: O amor ou o ódio estão presentes.
- indicando retificação – o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Ex.: O aluno ou os alunos cuidarão da exposição.

Quando o sujeito é representado por expressões como a maioria de, a maior parte de e um nome no plural, o verbo concorda no singular (realçando o todo) ou no plural (destacando a ação dos indivíduos).
Ex.: A maioria dos jovens quer as reformas. (ou) A maioria dos jovens querem as reformas.

Não sou daqueles que recusa / recusam as obrigações.
Nesse caso, o referente do pronome relativo que é daqueles, a regra fundamental de concordância com o sujeito deverá levar o verbo para a 3ª pessoa do plural. Entretanto, também é aceito quando refletimos em uma concordância com um daqueles que.

Verbo ser + pronome pessoal + que – o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex.: Sou eu que executo a obra. Seremos nós que executaremos a obra.
Verbo ser + pronome pessoal + quem – o verbo  concorda com o pronome pessoal ou fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Sou eu quem inicio a leitura. Sou eu quem inicia a leitura.

Nomes próprios locativos ou intitulativos – se precedidos de artigo plural, o verbo irá para o plural; não sendo assim, irá para o singular.
Ex.: Os Estados Unidos reforçam as suas bases.
Minas Gerais progride muito.
Pronome relativo antecedido da expressão “um dos”, “uma das” – verbo na 3ª pessoa do singular ou do plural. 
Ex.: Ela é uma das que mais impressiona (ou impressionam).
Quando apresenta uma ideia de seletividade, fica obrigatoriamente no singular.
Ex.: Aquela é uma das peças de Nelson Rodrigues que hoje se apresentará neste teatro.

Concordância do verbo ser: 
a) Sujeito nome de coisa ou um dos pronomes nada, tudo, isso ou aquilo + verbo ser + predicativo no plural: verbo no singular ou no plural (mais comum).
Ex.: "A pátria não é ninguém: são todos.” (Rui Barbosa)
b) Nas orações interrogativas iniciadas pelos pronomes quem, que, o que– verbo ser concorda com o nome ou pronome que vem depois.
Ex.: Quem eram os culpados?
c) 1º termo – sujeito = substantivo; 2º termo = pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex: Os defensores somos nós.
d) Nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto, é bastante + determinação de preço, medida ou quantidade: verbo no singular.
Ex.: Dez reais é quase nada.
e) Indicando hora, data ou distância – o verbo concorda  com o predicativo.
Ex.: São três horas. Hoje são 15 de fevereiro.

Passivo– na voz passiva sintética, com o pronome apassivador “se”, o verbo   concorda com o sujeito paciente (que é um aparente objeto direto).
Ex.: Escutavam-se vozes.
Indeterminado – com o pronome indeterminador do sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Precisa-se de operários.


Concordância nominal


As relações que as palavras estabelecem com o substantivo que as rege constitui o que em gramática se chama de sintagma nominal. Essa relação caracteriza os casos de concordância nominal.

Concordância de gênero e número entre o núcleo nominal e os artigos que o precedem, os pronomes indefinidos variáveis, os demonstrativos, os possessivos, os numerais cardinais e os adjetivos.
Ex.: Um luar claro e belíssimo.

Concordância do adjetivo com dois ou mais substantivos
           a) Substantivos do mesmo gênero, o adjetivo irá para o plural            desse gênero ou concordará com o mais próximo (concordância              atrativa).
            Ex: Bondade e alegria raras ou rara.
           b) Substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo irá para o masculino plural ou concordará com o mais próximo.
           Ex.: Atitude e caráter apropriados ou apropriado.
           c) Adjetivo anteposto aos substantivos, nos dois casos acima, a norma geral é que ele concorde com o substantivo mais próximo.
           Ex.: Mantenha desligadas as lâmpadas e os eletrodomésticos.
           d) Substantivos com sentido equivalente ou expressam gradação, o adjetivo concorda com o mais próximo.
           Ex.: Revelava pura alma e espírito.

Casos particulares

Possivel
           a) precedido de o mais,o menor, o melhor, o pior – singular; 
           b) precedido de os mais, os menores, os melhores, os piores – plural.
           Ex.: Estampas o mais possível claras. / Estampas as mais claras            possíveis.

Anexo/Incluso - adjetivos concordam com o substantivo a que se referem.
Ex.: Envio-lhe anexos / inclusos os documentos.  (em anexo, junto a são invariáveis)

Leso - (adjetivo = lesado, prejudicado) concorda com o substantivo com o qual forma uma composição.
Ex.: Cometeu crime de lesa-pátria.

Predicativo
           a) substantivo com sentido indeterminado (sem artigo) – adjetivo no masculino.
           Ex.: É proibido entrada; 
           b) substantivo com sentido determinado (com artigo) – adjetivo  concorda com o substantivo. 
           Ex.: É necessária muita cautela.

Meio - numeral = metade (variável)
Ex.: Falou meias verdades.   
Advérbio = parcialmente (variável).
Ex.: Encontrava-se meio fatigada.

Muito, Pouco, Bastante, Tanto – Pronomes - (variáveis).
Ex.: Li bastantes livros. Advérbios (invariáveis). 
Ex.: Estavam bastante felizes.

Só - adjetivo = sozinho (variável).
Ex.: Eles se sentiam sós. Palavra denotativa de exclusão (invariável). 
Ex.: Só os alunos compareceram à reunião (= somente).

Pseudo, Alerta, Salvo, Exceto - são palavras invariáveis.
Ex.: Ela é pseudo-administradora, por isso fiquemos sempre alerta.

Quite = Livre - concorda com aquele a que se refere.
Ex.: Estamos quites com a mensalidade.

Obrigado, Mesmo, Próprio - concordam com o gênero e número da pessoa a que se referem.
Ex.: Ela disse:
- Muito obrigada, eu mesma cuidarei do assunto.

Pontuação

Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.).
Ex: Ele foi ao médico e levou uma injeção.
Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa no texto escrito e também uma separação de membros de uma frase, nem sempre correspondente às pausas (mais arbitrárias) do texto falado.2 É usada como marca de separação para: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as orações coordenadas assindéticas (não ligadas por conjunções); as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia, entretanto e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da vírgula, pois ela dificulta a leitura do texto. Por outro lado, ela não deve ser esquecida quando obrigatória...
Ex: Andava pelos cantos, e gesticulava, falava em voz alta, ria e roía as unhas.
Ponto e vírgula (;) — Sinal intermediário entre o ponto e a vírgula, que indica que o sentido da frase será complementado. Representa uma pausa mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. É usado em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; também para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
Dois pontos (:) — Os dois pontos ou dois-pontos, são um sinal de pontuação. Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam: ou uma citação, ou uma enumeração, ou um esclarecimento, ou uma síntese do que se acabou de dizer.
Em matemática os dois pontos são utilizados como símbolo da divisão. O sinal dois pontos se usa de duas maneiras: Primeiro usamos quando mudamos o foco do assunto como ilustrado no exemplo abaixo: Após parar de correr, ele concordou: – Tudo bem, desta vez você venceu. Também é usado para mostrar itens de uma justaposição. Veja nos exemplos: Quando um navio está prestes a afundar, entram no bote salva-vidas primeiro: crianças, idosos, adultos e por último, o capitão. Conclusão: após corrermos tanto, eles venceram.
Ponto de interrogação (?) — Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta.
Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final do comando do h ou do x ele pode a de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, admiração, ironia, surpresa e estados de espírito.
Reticências (…) — Podem marcar uma interrupção de pensamento, indicando que o sentido da oração ficou incompleto, ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. No primeiro caso, a sequência virá em maiúscula -- uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte. No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração.
Ex: Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles.
Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente!
Aspas (“ ”) — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.
Parênteses ( ( ) ) — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.
Travessão (—) — Marca: o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.
Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos.
Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
Colchetes ([]) — utilizados na linguagem científica.
Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
Hífen (−) — usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos ( menor do que a Meia−Risca )

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Introdução a Física.

Origem da física e suas divisões.

No século VI a.C., na Grécia, os primeiros filósofos se questionavam a cerca de diversas dúvidas, sobre o existencialismo, a razão, a verdade, e muitas outras coisas. Mas um dos cismar da época foi importantíssimo para a criação da área que hoje chamamos de física, que era sobre a natureza do universo.
A dúvida sobre como tudo funcionava, por que assim funcionava e como prever seu funcionamento foi o essencial para criar a base em todos os ramos da física atual.
Pode-se dividir a física nas seguintes partes:
-Mecânica: Que estuda o movimento.
-Termologia: Responsável pelo estudo do calor.
-Óptica: Estuda a luz.
-Eletromagnetismo: Área que compete ao estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos.

Introdução à mecânica.

Dentre as diversas áreas estudadas na física, possuí a mecânica. Nela é estudado o movimento em seus mais variados aspectos, como movimento uniforme, uniformemente variado, cinemática e até energia cinética.
A mecânica é dividida em duas partes:
-Cinemática: Está parte é pertencente aos estudos das grandezas que são responsáveis pelos movimentos, como a velocidade e a aceleração.
-Dinâmica: Compete a analise das leis na sua aplicação no movimento e as causas dos mesmos.

Cinemática

A cinemática é a parte mais básica da mecânica, porém seu estudo é indispensável para a compreensão de tudo relacionado ao que virá na dinâmica. Para o início do entendimento dessa parte é necessário ao estudante conhecer:

-Movimento e repouso;

Muitas pessoas ao escutar essas palavras às levam pela definição mais básica, afirmando, o que é com exemplos como, “Quando o carro está desligado está em repouso, e a partir do momento que é acelerado, entra em movimento”. Essa explicação pode até aparentar ter sentido, mas é esquecido um aspecto importante na analise, o ponto de referencia.
Em um parquinho, João e Maria estão sentados um de frente com o outro em um gira-gira, ao lado do brinquedo, de pé, está Pedro, que faz o movimento para o brinquedo girar. Do ponto de vista de João, Maria está parada na mesma posição de frente com ele, já para Pedro, Maria está movendo-se. Observa-se que na situação ilustrada, Maria está em repouso, e não está recebendo essa variação de acordo com o seu observador.

-Ponto material.

Partícula ou ponto material é um corpo que está sendo estudado em uma determinada situação, onde o desprezamos suas dimensões e qualquer possível tipo de deformação.

-Trajetória.

É o espaço marcado onde um determinado corpo passou. Por exemplo, ao lançar uma bola em uma diagonal em relação ao chão, ela irá para frente, subira, e descera até alcançar o solo. Se a cada segundo em que essa bolinha se desloca marcarmos a área por um ponto, o espaço demarcado se tornará uma trajetória. Exemplo:
Os pontos vermelhos na imagem representam a trajetória da bola de basquete.


Observação: Como a trajetória é a marcação do espaço onde a bola passou, ela não deixa de participar na relação que antes vimos em movimentação, então ela também  depende do ponto de referencia.

EXERCÍCIOS:

1º) (UFB) Um pássaro está voando e se afastando de uma árvore. Em relação ao pássaro, a árvore está em repouso ou em movimento?

2º) (UEM-PR) Um trem se move com velocidade horizontal constante. Dentro dele estão o observador A e um garoto, ambos parados em relação ao trem. Na estação, sobre a plataforma, está o observador B, parado em relação a ela.  Quando o trem passa pela plataforma, o garoto joga uma bola verticalmente para cima.
Desprezando a resistência do ar, podemos afirmar que:
(01) – o observador A vê a bola se mover verticalmente para cima e cair nas mãos do garoto.
(02) – o observador B vê a bpla descrever uma parábola e cair nas mãos do garoto.
(04) – os dois observadores vêem a bola se mover numa mesma trajetória
(08) – o observador A vê a bola descrever uma parábola e cair atrás do garoto.
(16) o observador B vê a bola se mover verticalmente e cair atrás do garoto.
Dê com resposta a soma dos números associados às proposições corretas.

3º) (UFU-MG) De um avião que voa de leste para oeste com velocidade constante, abandona-se uma bomba. Despreze o atrito com o ar e esboce a trajetória da bomba quando vista:
a) em relação a um observador fixo no solo
b) em relação a um observador no avião

Respostas:

1º) A arvore está em movimento em relação ao pássaro
2º) Alternativas corretas: 1 e 2. Soma= 3.
3º)A-
B-Para o observador, já que está a mesma velocidade que a bomba, ela estará apenas caindo, descendo pela vertical, não vendo nenhuma alteração em sentido horizontal.


Velocidade e movimento com trajetória orientada.

Velocidade.


A velocidade é um valor que indica a relação de um espaço que foi, está sendo, ou será percorrido em um determinado intervalo de tempo.
No carro, o motorista é orientado acerca da sua velocidade atual pelo velocímetro, que dá o valor na unidade Km/h. Pode-se concluir que o valor apresentado, através de sua unidade de medida, é uma relação do espaço que será percorrido (km no caso) pela divisão do tempo que esse evento irá começar e finalizar (h no caso). A partir disso podemos afirmar que a formular para calcular a velocidade é?
Sendo:
Vm= Velocidade média;
d= Espaço percorrido;
t= Tempo.


A velocidade pode ser obtida em diversas formas (como km/s, dam/h, cm/s, etc), porém as mais comuns de serem trabalhadas são os metros por segundos, e os quilômetros por horas. Para transformas os valores de uma unidade de medida para o outro , tem que fazer:
-Km/h para m/s: Divide o valor equivalente a km/h por 3,6, dessa forma obtendo o m/s equivalente.
-M/s para Km/h: Multiplica o valor equivalente a m/s por 3,6, dessa forma obtendo o km/h proporciona.

Exercícios:              

1º) Uma moto vai de uma cidade a outra em 4 horas. Sabendo que a distancia entre ambas cidades é de 200 km, calcule a velocidade média.
2º) Transforme:
A) 36 km/h em m/s;
B) 40 m/s em km/h;
C) 54 km/h em m/s;
D) 30 m/s em km/h;
3º) Um carro com velocidade média igual a 50 km/h percorre qual distancia, em metros, em 8 horas?

Respostas:

1º) 50 Km/h.
2º)a) 10m/s.
b) 144 Km/h.
c) 15 m/s.
d) 108 km/h.
3º) 400000 metros.

Movimento com trajetória orientada.

Trata-se do estudo da velocidade, porém, em um cenário com variações, podem do ser no espaço ou no tempo.

Variação no espaço.

Abaixo adotaremos uma linha abscissa, onde os números a direita do zero serão positivo, e os a esquerda, negativos.
Um carro encontra no ponto A, e desloca-se até o ponto B. Podemos afirmar então que o carro cobriu um espaço de 7 unidade em um movimento progressivo. Para realizar essa afirmação, precisamos calcular o espaço coberto através de ΔS=S(final)-S(inicial), ou seja, a variação de espaço é o espaço final menos o espaço inicial. E para descobrir se o movimento foi progressivo, deve observar se o S(inicial)<S(final).
Um carro encontra no ponto B, e desloca-se até o ponto A. Podemos afirmar então que o carro cobriu um espaço de 7 unidade em um movimento retrógado, então -7 unidade. Para realizar essa afirmação, precisamos calcular o espaço coberto através de ΔS=S(final)-S(inicial), ou seja, a variação de espaço é o espaço final menos o espaço inicial. E para descobrir se o movimento foi retrógado, deve observar se o S(inicial)>S(final).
Um carro encontra no ponto A, e desloca-se até o ponto B, e retorna ao ponto de inicio (A). Dessa forma a variação de espaço dela é 0, pois ela não mudou o ponto de onde partiu, porém percorreu uma distancia de 14 unidades.
Lembrete: O movimento retrógado não aparecerá apenas no espaço, mas também na velocidade, se Vm<0.


Variação do tempo.

A variação de tempo é mais simples que a do espaço. Por exemplo, Pedro viu que em seu relógio marcava 15 horas quando saiu de sua casa, e quando chegou no centro marcava 17 horas, então a Δt=2 horas.

Velocidade com variações de espaço e tempo.

Antes vimos que a velocidade era Vm=d/t, só que nessa formula não contava nenhuma variação de tempo e espaço. Deve-se adotar para a nova situação a formula:
Sendo:
Vm= velocidade escalar média;
ΔS= variação de espaço;
Δt= variação de tempo.

Exercícios:

1º) Um motorista de caminhão começa a sua jornada de viagem as 3 horas da tarde, a partir de sua empresa que se localiza a uma distancia de 50 km a esquerda do primeiro posto de gasolina, e vai até o cliente que se encontra 150 km a direita do posto de gasolina, chegando as 7 horas. Qual a sua velocidade média escalar?
2º) Maria mora 200 metros a oeste do centro comercial da cidade, e Ana mora 800 metros a oeste do mesmo ponto. Sabendo que Ana demorou cerca de 12 minutos para chegar a casa de Maria, calcule a velocidade escalar média e justifique se o movimento foi progressivo ou retrógado.
3º) (PUC-RIO 2009) Uma família viaja de carro com velocidade constante de 100 km/h, durante 2 h. Após parar em um posto de gasolina por 30 min, continua sua viagem por mais 1h 30 min com velocidade constante de 80 km/h. A velocidade média do carro durante toda a viagem foi de?

Respostas:

1º) 50km/h.
2º) Vm=-1 m/s. Movimento retrógado pois a velocidade e o espaço se encontram abaixo de 0.
3º) Vm=80 Km/h.


Equação horária e gráfico do movimento uniforme.

Equação horária do movimento uniforme.

Essa equação facilita a conta em situações problema, onde o tempo inicial for igual a zero, contando apenas com o tempo do evento. Sendo assim a formula pode ser obtida dessa forma:
V=ΔS/Δt
Sendo então:
V=(S-So)/(t-to)
Sabemos que o tempo inicial é 0, neste caso:
V=(S-So)/t
Passando temo que está dividindo para o outro lado da igualdade obtemos:
Vt=S-So
E para terminar isolando espaço final obtemos a seguinte equação:
S=So+Vt
Nota: Muitos lugares para simplificar a nomenclatura equação horária do movimento uniforme se referem a ela por “sorvete”.

Exercícios:

1º) (Fuvest-SP) Um automóvel que se desloca com velocidade constante de 72 km/h persegue outro que se desloca com velocidade de 54 km/h, no mesmo sentido da estrada. O primeiro encontra-se 200 m atrás do segundo no instante t=0. O primeiro estará ao lado do segundo no instante?
2º) Qual a distancia percorrida por um carro que corre com velocidade de 80 km/h em um tempo de 30 minutos?
3º) Uma partícula encontra a 300 metros do seu ponto inicial, sendo que levou um minuto para fazer este percurso. Qual a sua velocidade?

Respostas:

1º) t=40 s.
2º) 40 km.
3º) 5 m/s.

Gráficos do movimento uniforme.

De uma forma geral, esses gráficos são formados por uma reta horizontal que marcará uma grandeza, e uma vertical que marcará outra, e que formará uma reta.

Gráfico S x t.


Neste tipo de gráfico encontra-se S (espaço) no lugar da coordenada y, e t (tempo) na coordenada x. A reta por eles formada mostrará o aumento do espaço com o passar do tempo, pela função da velocidade média.
Para descobrimos o valor da velocidade, temos que pegar uma variação de espaço e dividir pelo tempo correspondente a ele. Exemplo:
Vm=(S-So)/(t-to)
Vm=(30-20)/(6-4)
Vm=10/2
Vm= 5 m/s

Gráfico V x t.

Substituindo as coordenadas y e x por, respectivamente, V e t, obtemos uma reta paralela ao eixo do tempo (t), já que a velocidade é constante.
Podemos obter o espaço por uma relação entre a velocidade e o tempo, pegando a velocidade que é constante e uma variação do tempo. Caso pegarmos como tempo inicial 2 segundos e final 4 segundos, obteremos um quadrado delimitado por uma base 2 (4-2) e uma altura 10 (do m/s). A área de um quadrado é a sua base multiplica por sua altura, e a área irá equivaler ao valor do espaço percorrido. Exemplo:
A=S
A=b.h
Então:
S=b.h
S=10.(4-2)
S=20 metros.


Exercícios.

1º) Tendo como base o gráfico abaixo, calcule a velocidade média escalar.

2º) Tendo como base o gráfico abaixo responda:
a) Qual a velocidade média?
b) O movimento é progressivo ou retrógado?


3º) Sabendo que um ciclista está a 10 m/s, qual é o espaço que ele percorrerá na pista de corrida, entre os 10 segundos e 15 segundos após a largada? (Obs: recomenda-se a elaboração de uma tabela para treino desse conteúdo).

Resposta:

1º)10 metros por segundo.
2º)a) -10 metros por segundo.
b) Movimento retrógado.
3º) 50 metros.


Aceleração escalar e equação do movimento uniformemente variado.

Aceleração escalar.


Toda alteração que um corpo sofre em relação a sua velocidade, seja ela aumentada ou retardada, é por culpa da aceleração.
A aceleração se trata do aumenta da velocidade de acordo com a passagem do tempo, sendo assim, sua formula é:
Sendo:
Am= Aceleração escalar média;
ΔV= variação da velocidade;
Δt= variação do tempo;
V= Velocidade final;
Vo= Velocidade inicial;
t= Tempo final;
to= Tempo inicial.

Para achar a unidade de medida:
Am=ΔV/Δt
Substituem-se as variáveis pelas suas respectivas unidades:
Am=(m/s)/s
Resolve a fração:
Am=(m/s).(1/s)
Am= m/s²
Concluímos que a unidade de medida para aceleração média é metros por segundo ao quadrado.

Exercícios:

1º) Um certo tipo de foguete, partindo do repouso, atinge a velocidade de 12 km/s após 36 segundos. Qual a aceleração média, em km/s² nesse intervalo?

2º) Um fabricante de automóveis anuncia que determinado modelo atinge 80km/h em 8 segundos (a partir do repouso). Isso supõe uma aceleração escalar média próxima de?
3º) PUC-SP) Qual o tempo necessário para que um corpo que acelera a 2 m/s2, partindo do repouso, atinja a velocidade de 108 km/h?

Respostas:

1º) 1/3 m/s²
2º) Aproximadamente 3 m/s²
3º) t=15 segundos.

Equações do movimento uniformemente variado.


No movimento variável (os que possuem aceleração) podem ser calculados por 3 fórmulas sendo elas:

Equação horária do espaço:

Ela será utilizada sempre que houver uma relação do movimento uniformemente variado com o espaço e tempo. Em alguns lugares referem-se a essa formula de modo vulgar, como sorvetão.
Sendo:
S= Espaço final;
So= Espaço inicial;
Vo= Velocidade inicial;
t= tempo;
a= Aceleração.

Equação horária da velocidade escalar.

Essa formula será utilizada quando na questão estudada existe a aceleração, porém não há relação de espaço, apenas o tempo e as velocidades (inicial e final). De modo vulgar também é chamada por vovô ateu.
Onde:
V= Velocidade final;
Vo= Velocidade inicial;
a= Aceleração;
t= Tempo.

Equação do Torricelli.

Nas questões onde não há a necessidade de calcular ou achar o tempo usa-se a formula que pode ser obtida da seguinte forma:
-Isolando o tempo na formular de equação horária da velocidade escalar;
t=(V-Vo)/a
-Substituindo consecutivamente o tempo da equação horária do espaço pela expressão obtida acima;
S=So+Vo.t+(at²)/2
S=So+Vo.((V-Vo)/a)+(a/2).((V-Vo)/a)²

Realizando os cálculos e exemplificando obtemos a formula de Torricelli;
Sendo:
V= Velocidade final;
Vo= Velocidade inicial;
a= Aceleração;
ΔS= Espaço final – espaço inicial.

Exercícios:

1º) (Fuvest-SP) Um veículo parte do repouso em movimento retilíneo e acelera a 2m/s. Pode-se dizer que sua velocidade e a distancia percorrida, após 3 segundos, valem?
2º) (Cesgranrio-RJ) Um automóvel, partindo do repouso, leva 5 segundos para percorrer 25 metros em movimento uniformemente variado. A velocidade final do automóvel é?
3º) (UF-CE) Um caminhão move-se em uma estrada, com velocidade escalar constante de 72km/h. No momento em que ele ultrapassa um carro em repouso, este arranca com aceleração de 2,5m/s². Calcule, em segundos, o tempo necessário para o carro alcançar o caminhão.

Respostas.

1º) 9m/s e 9m.
2º)  10 metros.
3º) 16 segundos.

Movimento vertical no vácuo.

Qualquer corpo solto a uma determinada altura tende a sofre uma queda. Essa queda é realizada pela influencia de apenas uma força, a força da gravidade.
A teoria da gravidade foi elaborada pelo físico Einstein, quando estava sentado abaixo de uma macieira e uma de seus frutos caiu sobre sua cabeça. Após disso ele analisou que havia uma força que “puxa” tudo em sentido do centro da terra. Depois de diversas analises notou que um objeto quando começa uma queda após o repouso, até o solo, a sua velocidade varia então ela está sobre influencia de uma aceleração (aceleração da gravidade). A gravidade varia de acordo com o ponto da terra, mas é aproximadamente igual a 9,8m/s² (muitos exercícios utilizam g=10m/s²).
O movimento vertical estudado nesse capítulo é realizado no vácuo, ou seja, é desprezando qualquer resistência por parte do ar.
As formulas utilizadas são as mesmas do movimento uniformemente variado, apenas alterando a aceleração por gravidade.

Tipos de movimento vertical no vácuo.

Podemos ter duas situações, primeiro delas é a trajetória orientada para baixo, neste caso é preciso tomar nota na seguinte situação, o local onde foi solto é considerado o espaço 0, e o solto, o espaço final.
Também há a trajetória orientada para cima, ela possui duas considerações diferentes da anterior, a primeira é que o espaço inicial é o local de onde foi lançada, e o segundo, é que por causa de seu movimento ser oposto ao da gravidade, a aceleração terá que ser substituído por um valor negativo (exemplo: g=-10m/s²).

Como as formulas deverão ficar:

Na queda livre:

-Equação horária do espaço:
S=So+Vo.t+(g.t²)/2
-Equação horária da velocidade escalar:
V=Vo+g.t
-Equação do Torricelli:
V²=Vo²+2g(S-So)

Lançamento na horizontal:


-Equação horária do espaço:
S=So+Vo.t+(-g.t²)/2
-Equação horária da velocidade escalar:
V=Vo-g.t
-Equação do Torricelli:
V²=Vo²+2(-g).(S-So)

Exercícios.

1º) (UFPE) Um pequeno objeto é largado do 15° andar de um edifício e cai, com atrito do ar desprezível, sendo visto 1s após o lançamento passando em frente à janela do 14° andar. Em frente à janela de qual andar ele passará 2 s após o lançamento? Admita g = 10m/s²
2º) (Covest-PE) Uma pedra é lançada verticalmente para cima a partir do solo e, depois de 10 segundos, retorna ao ponto de partida. Despreze o efeito do ar e adote g=10m/s². A velocidade inicial de lançamento de pedra tem módulo igual a:
A)20m/s
B)40m/s
C)50m/s
D)80m/s
E)90m/s
3º) (Mackenzie-SP) Um projétil de brinquedo é arremessado verticalmente para cima, da beira da sacada de um prédio, com uma velocidade inicial de 10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, atinge a calçada do prédio com velocidade igual a 30m/s. Determine quanto tempo o projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s² e despreze as resistência do ar.

Respostas.

1º) 11º andar.
2º)C.
3º)4 segundos.

Gráficos do movimento uniformemente variado.

Gráfico da aceleração escalar em função do tempo.

Nos estudos de movimentação uniformemente variados, a aceleração sempre será constante, dessa forma, a reta que representa a aceleração sempre será paralela a zero, porém ela não poderá ser colinear a ela o tempo todo no evento.

Gráfico da velocidade escalar em função do tempo.
Podemos ter a aceleração ( quando a>0 ) e movimento retardado ( quando a<0 ). Para obtermos a aceleração em um gráfico de velocidade escalar em função do tempo, temos que pegar ΔV e dividir pela Δt. Dessa forma, no gráfico acima, teremos:
a=ΔV/Δt
a=(V-Vo)/(t-to)
a=(20-10)/(5-0)
a=10/5
a=2m/s²
Podemos obter também a partir desse tipo de gráfico, o espaço percorrido através da área do trapézio formado pela reta paralela a velocidade final (20 = base maior), a reta paralela ou colinear a velocidade inicial (10 = base menor), e a reta tempo (5 = altura).
Sendo que a formula da área de um trapézio:
A=(B+b).h/2
Substituindo as variáveis pelas retas do gráfico citadas acima:
S=((Vo+V)(t-to))/2
No caso do gráfico acima, o espaço percorrido nos 5 segundos seria de:
S=((10+20)5)/2
S=(30.5)/2
S=150/2
S=75m

Exercícios.

1º)-(UFPE) O gráfico da velocidade em função do tempo de um ciclista, que se move ao longo de uma pista retilínea, é mostrado a seguir.

 Considerando que ele mantém a mesma aceleração entre os instantes t = 0 e t = 7 segundos, determine a distância percorrida neste intervalo de tempo. Expresse sua resposta em metros.
2º) (UFRRJ) Um professor, após passar a um aluno uma questão que apresentava o gráfico "aceleração x tempo" do movimento de um objeto, e pediu a este que construísse o gráfico "posição x tempo" desse movimento.
A resposta dada pelo aluno foi o gráfico apresentado.
A resposta do aluno está correta? Justifique sua resposta.
3º)(PUC-RJ-2009) O movimento de um objeto pode ser descrito pelo gráfico velocidade versus tempo, apresentado na figura a seguir.



Podemos afirmar que:
a) a aceleração do objeto é 2,0 m/s2, e a distância percorrida em 5,0 s é 10,0 m.
b) a aceleração do objeto é 4,0 m/s2, e a distância percorrida em 5,0 s é 20,0 m.
c) a aceleração do objeto é 2,0 m/s2, e a distância percorrida em 5,0 s é 25,0 m.
d) a aceleração do objeto é 2,0 m/s2, e a distância percorrida em 5,0 s é 10,0 m.
e) a aceleração do objeto é 2,0 m/s2, e a distância percorrida em 5,0 s é 20,0 m.

Respostas.

1º) A variação do espaço é de 77 metros.
2º) A afirmativa do aluno está incorreta, por que a aceleração está fazendo um movimento retardado, e desse modo a parábola deveria ser com concavidade para baixo.
3º) C.


  

Lançamento de projéteis.


Neste capítulo trataremos a dinâmica de um evento onde um determinado corpo é lançado pela diagonal, formando desse modo, uma parábola.  Este movimento quando analisado, pode ser dividido em dois “ângulos”,:
-Pela vertical;
-Pela horizontal.
Para a realização dos cálculos, vamos utilizar três fórmulas já conhecidas.
-“Vovô gatão”: Vo=V.gt
-“Sorvetão”: S=So+Vt+(at/2)²
-“Sorvete”: S=So+Vt

No movimento horizontal.

Ao distorcemos a diagonal em Vx e Vy com valor proporcional, teremos a imagem acima. A velocidade realizada na horizontal chamará de Vx. Ela possui uma característica que deve ser sempre levada em conta, ela é constante, desse modo podemos utilizar para seu cálculo a equação do movimento uniforme (“sorvete”).

No movimento vertical.

Em sentido vertical, possuímos as seguintes características:
-A velocidade (Vy) não é constante por culpa da aceleração da gravidade;
-No ponto mais alto, a Vy é igual a 0;
-As formulas a serem usadas são, “vovô gatão” e “Sorvetão”.

Exercícios.

1º. Em um local onde o efeito do ar é desprezível e g = 10 m/s2 um nadador salta de um trampolim de 12m de altura e atinge a água a uma distância de 6,0 m, medida horizontalmente da borda do trampolim, em um intervalo de tempo de 2,0s. A velocidade do nadador no instante do salto tem intensidade igual a: 
      a) 3,0 m/s
      b) 4,0 m/s
      c) 1,0 m/s
      d) 5,0 m/s
      e) 7,0 m/s   

2º. Ganhou destaque no voleibol brasileiro a jogada denominada "jornada nas estrelas", na qual a bola arremessada de um lado da quadra sobe cerca de 20 m de altura antes de chegar ao adversário do outro lado. Quanto tempo, em segundos, a bola permanece no ar? Adote g = 10 m/s2 e não considere o efeito do ar.  
      a) 20
      b) 10
      c) 5,0
      d) 4,0
      e) 2,0   

Respostas.

1º D
2º D