Procedimentos de leitura
Marcar palavra-chave
Palavra-chave é o termo que sintetiza as idéias importantes do texto, traduz o sentido de um contexto ou o torna claro. Num texto que associa o aumento da violência à programação da televisão, as palavras-chave poderiam ser: televisão, programação, aumento da violência.Grifar textos
Os leitores grifam ou sublinham passagens dos textos quando têm a intenção de deixar marcadas ideias que consideram importantes ou que revelam como o texto está organizado. É importante saber o que se pretende antes de iniciar o procedimento.Resumir
É uma excelente forma de estudar em profundidade. Resumir não é apenas copiar alguns trechos nem citar o início de cada parágrafo, mas condensar fielmente as idéias ou os fatos contidos em uma produção maior sem perder de vista:
• Cada uma das partes essenciais;
• A progressão em que elas se sucedem;
• A correlação que o texto estabelece entre cada uma dessas partes.
Sem compreender o sentido global, é impossível fazer um bom resumo. Ao mesmo tempo, a elaboração do resumo leva à melhor compreensão do texto. É fundamental também observar o título e os subtítulos (quando houver).
Fichar
É o registro de dados relevantes sobre algum tema ou assunto, conforme os objetivos da leitura. Se no resumo recupera-se a totalidade do texto principal, no fichamento há seleção, organização e registro de informações para atender a objetivos específicos de leitura.Esquematizar
É composto de palavras-chave ou frases que sejam muito significativas para a compreensão do texto e permite que as articulações entre os diversos elementos sejam visualizadas. A representação simplificada do esquema leva à fixação das informações do texto.
Fazer paráfrase
Usa-se quando se quer escrever um texto com base em outro para torná-lo mais compreensível ou apresentar um novo enfoque. Em uma paráfrase, é possível ampliar ou reduzir uma passagem, traduzi-la em uma linguagem mais simples ou interpretá-la.Ambiguidade
Ambiguidade é o nome dado, dentro da linguística na língua portuguesa, à duplicidade de sentidos, onde alguns termos, expressões, sentenças apresentam mais de uma acepção ou entendimento possível. Em outras palavras, ocorre quando, por falta de clareza, há duplicidade de sentido da frase. Apesar de ser um recurso aceitável dentro da linguagem poética ou literária, deve ser na maioria das vezes, evitado em construções textuais de caráter técnico, informativo, ou pragmático.Os tipos comuns de ambiguidade, como vício de linguagem são:
• Uso indevido de pronomes possessivos
Ex: A mãe pediu à filha que arrumasse o seu quarto.
Qual quarto? o da mãe ou da filha? Para evitar ambiguidade:
Ex: A mãe pediu à filha que arrumasse o próprio quarto.
• Colocação inadequada das palavras
Ex: A criança feliz foi ao parque.
A criança ficou feliz ao chegar no parque, ou estava assim antes?
Ex: Feliz, a criança foi ao parque.
• Uso de forma indistinta entre o pronome relativo e a conjunção integrante
Ex: A estudante falou com o garoto que estudava enfermagem.
Quem estuda enfermagem, a estudante ou o garoto?
Ex: A estudante de enfermagem falou com o garoto;
ou
Ex: A estudante falou com o garoto do curso de enfermagem;
• Uso indevido de formas nominais
Ex: A moça reconheceu a amiga frequentando a academia.
Quem estava na academia? a moça ou a amiga?
Ex: A moça reconheceu a amiga que estava frequentando a academia.
ou
Ex: A moça, na academia, reconheceu a amiga.
Intertextualidade
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação ou na forma implícita, onde a indicação é oculta, por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas idéias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.
Narração
Narrar é contar um fato, um episódio.Todo discurso em que algo é contado possui os seguintes questionamentos:onde, quando, como, porque e com quem, todos girando em torno de um fato.É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações, sendo assim a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de enredo.
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas personagens, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado. As personagens são identificadas no texto narrativo pelos substantivos próprios.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando onde as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço, representado no texto pelos advérbios de lugar.
Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer quando ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o tempo, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente pelos advérbios de tempo.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor como ou porque o fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma introdução (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o narrador, que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa) ou impessoal (narra em 3ª. pessoa).
Descrição
Descrever é caracterizar alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que o particularizem em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser.No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais comuns são os verbos de ligação (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, ter, parecer, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características representadas linguisticamente pelos adjetivos aos seres caracterizados representados pelos substantivos.
Ex:. O pássaro é azul.
1ºCaracterizado: Pássaro
2ºCaracterizador ou característica: Azul
O verbo que liga 1º com 2º: É
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descrevem e que se referem às características não-físicas do caracterizado).
Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva).
Dissertação
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem argumentadas.Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa, ou seja, de maneira impessoal, objetiva e sem prolixidade. Que a dissertação seja elaborada com verbos e pronomes em terceira pessoa.
O elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das conjunções coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira introduzir e defender, é por isso que as conjunções são chamadas de marcadores argumentativos.
Todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes:
A Introdução a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um conceito ou através de questionamento(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um ponto de vista e de seu argumento principal. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos:
• Transforme o tema numa pergunta;
• Responda a pergunta;
• Coloque o porquê da resposta.
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os argumentos auxiliares e os fatos-exemplos, geralmente em uma redação ideal devem ser distribuídos em três parágrafos.
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente todas as idéias do texto para que o ponto de vista inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.
Argumentação
Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou idéia.
Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela.
Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos.
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além de ser terminantemente proibido em textos que serão analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados. Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples posicionamento do redator a respeito de determinado assunto.
Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia-a-dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos.
• Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve-se afirmar algo que não venha de estudos ou informações previamente adquiridas.
• Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade, ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser inverossímeis.
• Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode citar qualquer pessoa.
• Experiências que comprovem os argumentos devem ser também coerentes com a realidade.
• Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e pensamentos contrários dos leitores quanto à sua argumentação, para que a partir deles se possa construir melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e pesquisa.
Sobre a estrutura do texto:
• Deve conter uma lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava.
• No início do texto deve-se apresentar o assunto e a problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para não se contradizer.
• Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e citações (se existirem).
• No final do texto as idéias devem ser arrematadas com uma tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo leitor durante todo o texto, a medida que ele vai lendo e se direcionando para concordar com ela.
Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos para possíveis contra-argumentos.
Caso seja necessário se pode também fazer uma comparação entre vários ângulos de visão a respeito do assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto.
Persuasão
Persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-racionais ou simbólicos para induzir alguém a aceitar uma idéia, uma atitude, ou realizar uma ação.
É o emprego de argumentos, legítimos ou não, com o propósito de conseguir que outro(s) indivíduo(s) adote(m) certa(s) linha(s) de conduta, teoria(s) ou crença(s).
Articulação textual: coesão/coerência
A coesão trata basicamente nos estudos das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa sequenciação de eventos.
Quando falamos de coesão, falamos a respeito dos mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógico- semântica entre as partes de um texto.
Ex: A magia das palavras é enorme, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas têm o poder de transformar e de conscientizar.
A coerência aborda a relação lógica entre idéias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no conhecimento compartilhado entre os usuários da língua portuguesa.
É acerca da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais que o compõem.
Ex: Aquele garoto não gosta de futebol e, portanto fica chamando seus amigos para jogar videogame.
Fonética
A Fonética é o ramo da Linguística que estuda a natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana. Preocupa-se com a parte significante do signo linguístico e não com o seu conteúdo . Segundo Gregory, subdivide-se em:
• Fonética articulatória: estuda como os sons são produzidos, isto é, a posição e a função de cada um dos órgãos do aparelho fonador (língua, lábios, etc.);
• Fonética acústica: analisa as características físicas dos sons da fala, ou seja, as ondas mecânicas produzidas e a sua percepção auditiva.
Outros autores consideram também uma terceira subdivisão:
• Fonética auditiva: estuda os processos que realiza o receptor na recepção e interpretação da onda sonora.
A unidade básica de estudo para a Fonética é o fone. A fala humana é capaz de produzir inúmeros fones. A forma mais comum de representar os fones pelos linguistas é através do Alfabeto Fonético Internacional (AFI), desenhado pela Associação Internacional de Fonética (I.P.A.).
Alguns fones são auditivamente próximos entre si a ponto de se tornarem indistinguíveis. Por exemplo, o som de "rr" em alguns dialetos do português do Brasil é realizado foneticamente pela consoante fricativa velar surda (x no AFI). Entretanto, essa pode ser substituída pela consoante fricativa glotal surda (h no AFI) que a palavra que nela estiver continuará a ser reconhecida. A esse fenómeno, dá-se em fonologia o nome de alofonia. Assim, [x] e [h] são alofones do "erre" forte em português do Brasil. Um grupo composto de um fone e seus alofones para os falantes de um idioma é denominado fonema. Deve-se ressaltar que a alofonia entre dois fones é relativa, por exemplo, no Alemão compõem fonemas separados.
Sintaxe
A Sintaxe é a parte da língua que estuda as relações dos componentes que integram uma oração. E também as combinações que as orações constituem entre si na formação dos períodos. Logo, a maneira pela qual se dá os ajustes das informações em orações ou períodos é a pretensão de estudo da sintaxe.
Ex: As crianças lindas brincaram muito na escola hoje.
Primeiramente, nós só entendemos a oração acima porque conseguimos obter uma informação a partir dela. Por sua vez, essa informação nos é transmitida através das combinações de elementos na oração.
Retomando a frase sugerida acima, e nos propondo a fazer uma análise sintática, observamos que, de modo generalizado, o sujeito “as crianças” faz uma ligação e é adjetivado por “lindas”, também é complementado pelo verbo “brincaram”, esse último faz combinação com os advérbios de intensidade “muito”, de lugar “na escola” e de tempo “hoje”.
Vemos que há elementos primordiais na oração, através das quais as informações são norteadas: crianças, brincaram, escola.
Enquanto há outros elementos que estão na frase como complemento e são dependentes: as, lindas, muito, na, hoje.
Concluímos que na análise sintática de uma oração há termos essenciais e termos integrantes ou acessórios.
Período simples e composto
Quando uma declaração, um enunciado, é composta apenas por uma oração, por uma ação verbal, é chamada de oração absoluta ou período simples.
Ex: Lucas adoeceu repentinamente.
Quando uma declaração/ enunciado contém duas ou mais orações, este enunciado é chamado de período composto.
Há dois tipos de período composto:
• Período composto por uma oração: como o nome já diz, um período composto por coordenação é formado por duas ou mais orações coordenadas, ou seja, que não possuem nenhum tipo de dependência uma das outras.
Ex: Corram depressa e saiam pela direita!
• Período composto por uma subordinação: este tipo de período é formado por uma oração principal que é complementada com uma ou mais orações subordinadas. Estas orações poderão exercer a função de sujeito, complemento nominal, adjunto adverbial, adjunto adnominal, etc, dentro da estrutura da oração principal.
Ex: A polícia sabia que havia pessoas no prédio.
Há também casos em que um mesmo período é composto por coordenação e subordinação.
Neste caso, o período possui dois tipos de relação: subordinação e coordenação. No caso abaixo, há uma oração principal, que possui duas orações subordinadas a ela, e estas duas orações são coordenadas entre si.
Ex: É bom que ela venha amanhã e traga os livros.
Observe que a oração “que ela venha amanhã” não possui nenhum tipo de dependência com a oração “(que ela) traga os livros”. Contudo, ambas são subordinadas à oração principal, iniciada com “É bom que...”.
Concordância verbal e nominal
Concordância verbal
A regra básica da concordância verbal é o verbo concordar em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª) com o sujeito da frase.• Sujeito simples – o verbo concordará com ele em número e pessoa.
Ex.: O artista excursionará por várias cidades do interior.
• Sujeito composto – em regra geral, o verbo vai para o plural.
Ex.: Sua avareza e seu egoísmo fizeram com que todos o abandonassem.
Se o sujeito vier depois do verbo, concorda com o núcleo mais próximo, ou vai para o plural.
Ex.: “Ainda reinavam (ou reinava) a confusão e a tristeza” (Dinah S. de Queiroz).
• Se o sujeito vier composto por pronomes pessoais diferentes – o verbo concordará conforme a prioridade gramatical das pessoas.
Ex.: Eu e você somos pessoas responsáveis.
Atenção! Tu e ela estudais / estudam. A segunda forma é mais usada atualmente.
• Expressões não só... Mas também, tanto/quanto que relacionam sujeitos compostos permitem a concordância do verbo no singular ou no plural.
Ex.: Tanto o rapaz quanto o amigo obtiveram/obteve nota máxima na redação do ENEM.
• Sujeito composto ligado por ou:
- indicando exclusão, ou sinonímia – o verbo fica no singular.
Ex.: Maria ou Joana será representante.
- indicando inclusão, ou antonímia – o verbo fica no plural.
Ex.: O amor ou o ódio estão presentes.
- indicando retificação – o verbo concorda com o núcleo mais próximo.
Ex.: O aluno ou os alunos cuidarão da exposição.
• Quando o sujeito é representado por expressões como a maioria de, a maior parte de e um nome no plural, o verbo concorda no singular (realçando o todo) ou no plural (destacando a ação dos indivíduos).
Ex.: A maioria dos jovens quer as reformas. (ou) A maioria dos jovens querem as reformas.
• Não sou daqueles que recusa / recusam as obrigações.
Nesse caso, o referente do pronome relativo que é daqueles, a regra fundamental de concordância com o sujeito deverá levar o verbo para a 3ª pessoa do plural. Entretanto, também é aceito quando refletimos em uma concordância com um daqueles que.
• Verbo ser + pronome pessoal + que – o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex.: Sou eu que executo a obra. Seremos nós que executaremos a obra.
Verbo ser + pronome pessoal + quem – o verbo concorda com o pronome pessoal ou fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Sou eu quem inicio a leitura. Sou eu quem inicia a leitura.
• Nomes próprios locativos ou intitulativos – se precedidos de artigo plural, o verbo irá para o plural; não sendo assim, irá para o singular.
Ex.: Os Estados Unidos reforçam as suas bases.
Minas Gerais progride muito.
Pronome relativo antecedido da expressão “um dos”, “uma das” – verbo na 3ª pessoa do singular ou do plural.
Ex.: Ela é uma das que mais impressiona (ou impressionam).
Quando apresenta uma ideia de seletividade, fica obrigatoriamente no singular.
Ex.: Aquela é uma das peças de Nelson Rodrigues que hoje se apresentará neste teatro.
• Concordância do verbo ser:
a) Sujeito nome de coisa ou um dos pronomes nada, tudo, isso ou aquilo + verbo ser + predicativo no plural: verbo no singular ou no plural (mais comum).
Ex.: "A pátria não é ninguém: são todos.” (Rui Barbosa)
b) Nas orações interrogativas iniciadas pelos pronomes quem, que, o que– verbo ser concorda com o nome ou pronome que vem depois.
Ex.: Quem eram os culpados?
c) 1º termo – sujeito = substantivo; 2º termo = pronome pessoal, o verbo concorda com o pronome pessoal.
Ex: Os defensores somos nós.
d) Nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto, é bastante + determinação de preço, medida ou quantidade: verbo no singular.
Ex.: Dez reais é quase nada.
e) Indicando hora, data ou distância – o verbo concorda com o predicativo.
Ex.: São três horas. Hoje são 15 de fevereiro.
• Passivo– na voz passiva sintética, com o pronome apassivador “se”, o verbo concorda com o sujeito paciente (que é um aparente objeto direto).
Ex.: Escutavam-se vozes.
Indeterminado – com o pronome indeterminador do sujeito, o verbo fica na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Precisa-se de operários.
Concordância nominal
As relações que as palavras estabelecem com o substantivo que as rege constitui o que em gramática se chama de sintagma nominal. Essa relação caracteriza os casos de concordância nominal.
• Concordância de gênero e número entre o núcleo nominal e os artigos que o precedem, os pronomes indefinidos variáveis, os demonstrativos, os possessivos, os numerais cardinais e os adjetivos.
Ex.: Um luar claro e belíssimo.
• Concordância do adjetivo com dois ou mais substantivos
a) Substantivos do mesmo gênero, o adjetivo irá para o plural desse gênero ou concordará com o mais próximo (concordância atrativa).
Ex: Bondade e alegria raras ou rara.
b) Substantivos de gêneros diferentes, o adjetivo irá para o masculino plural ou concordará com o mais próximo.
Ex.: Atitude e caráter apropriados ou apropriado.
c) Adjetivo anteposto aos substantivos, nos dois casos acima, a norma geral é que ele concorde com o substantivo mais próximo.
Ex.: Mantenha desligadas as lâmpadas e os eletrodomésticos.
d) Substantivos com sentido equivalente ou expressam gradação, o adjetivo concorda com o mais próximo.
Ex.: Revelava pura alma e espírito.
Casos particulares
• Possivel
a) precedido de o mais,o menor, o melhor, o pior – singular;
b) precedido de os mais, os menores, os melhores, os piores – plural.
Ex.: Estampas o mais possível claras. / Estampas as mais claras possíveis.
• Anexo/Incluso - adjetivos concordam com o substantivo a que se referem.
Ex.: Envio-lhe anexos / inclusos os documentos. (em anexo, junto a são invariáveis)
• Leso - (adjetivo = lesado, prejudicado) concorda com o substantivo com o qual forma uma composição.
Ex.: Cometeu crime de lesa-pátria.
• Predicativo
a) substantivo com sentido indeterminado (sem artigo) – adjetivo no masculino.
Ex.: É proibido entrada;
b) substantivo com sentido determinado (com artigo) – adjetivo concorda com o substantivo.
Ex.: É necessária muita cautela.
• Meio - numeral = metade (variável)
Ex.: Falou meias verdades.
Advérbio = parcialmente (variável).
Ex.: Encontrava-se meio fatigada.
• Muito, Pouco, Bastante, Tanto – Pronomes - (variáveis).
Ex.: Li bastantes livros. Advérbios (invariáveis).
Ex.: Estavam bastante felizes.
• Só - adjetivo = sozinho (variável).
Ex.: Eles se sentiam sós. Palavra denotativa de exclusão (invariável).
Ex.: Só os alunos compareceram à reunião (= somente).
• Pseudo, Alerta, Salvo, Exceto - são palavras invariáveis.
Ex.: Ela é pseudo-administradora, por isso fiquemos sempre alerta.
• Quite = Livre - concorda com aquele a que se refere.
Ex.: Estamos quites com a mensalidade.
• Obrigado, Mesmo, Próprio - concordam com o gênero e número da pessoa a que se referem.
Ex.: Ela disse:
- Muito obrigada, eu mesma cuidarei do assunto.
Pontuação
• Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.).Ex: Ele foi ao médico e levou uma injeção.
• Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa no texto escrito e também uma separação de membros de uma frase, nem sempre correspondente às pausas (mais arbitrárias) do texto falado.2 É usada como marca de separação para: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as orações coordenadas assindéticas (não ligadas por conjunções); as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia, entretanto e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da vírgula, pois ela dificulta a leitura do texto. Por outro lado, ela não deve ser esquecida quando obrigatória...
Ex: Andava pelos cantos, e gesticulava, falava em voz alta, ria e roía as unhas.
• Ponto e vírgula (;) — Sinal intermediário entre o ponto e a vírgula, que indica que o sentido da frase será complementado. Representa uma pausa mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. É usado em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; também para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
• Dois pontos (:) — Os dois pontos ou dois-pontos, são um sinal de pontuação. Indicam um prenúncio, comunicam que se aproxima um enunciado. Correspondem a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Anunciam: ou uma citação, ou uma enumeração, ou um esclarecimento, ou uma síntese do que se acabou de dizer.
Em matemática os dois pontos são utilizados como símbolo da divisão. O sinal dois pontos se usa de duas maneiras: Primeiro usamos quando mudamos o foco do assunto como ilustrado no exemplo abaixo: Após parar de correr, ele concordou: – Tudo bem, desta vez você venceu. Também é usado para mostrar itens de uma justaposição. Veja nos exemplos: Quando um navio está prestes a afundar, entram no bote salva-vidas primeiro: crianças, idosos, adultos e por último, o capitão. Conclusão: após corrermos tanto, eles venceram.
• Ponto de interrogação (?) — Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta.
• Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final do comando do h ou do x ele pode a de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, admiração, ironia, surpresa e estados de espírito.
• Reticências (…) — Podem marcar uma interrupção de pensamento, indicando que o sentido da oração ficou incompleto, ou uma introdução de suspense, depois da qual o sentido será completado. No primeiro caso, a sequência virá em maiúscula -- uma vez que a oração foi fechada com um sentido vago proposital e outra será iniciada à parte. No segundo caso, há continuidade do pensamento anterior, como numa longa pausa dentro da mesma oração, o que acarreta o uso normal de minúscula para continuar a oração.
Ex: Ah, como era verde o meu jardim... Não se fazem mais daqueles.
Foi então que Manoel retornou... mas com um discurso bastante diferente!
• Aspas (“ ”) — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.
• Parênteses ( ( ) ) — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.
• Travessão (—) — Marca: o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.
• Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos.
• Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escritor; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
• Colchetes ([]) — utilizados na linguagem científica.
• Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
• Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
• Hífen (−) — usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos ( menor do que a Meia−Risca )
Nenhum comentário:
Postar um comentário