LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
·
Tema 1 – Usos da língua
Língua e linguagens
Linguagem:
Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.
-Linguagem verbal: é aquela que tem por unidade a palavra.
-Linguagem não verbal: tem outros tipos de unidade, como gestos, o movimento, a imagem e etc.
-Linguagem mista: como as histórias em quadrinhos, o cinema e a tv que utilizam a imagem e a palavra.
Língua:
É o tipo de código formado por palavras e leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comunicam e interagem entre si.
Variedades
lingüísticas
São as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
-Norma culta: é a língua padrão, a variedade lingüística de maior prestígio social.
-Norma popular: são todas as variedades lingüísticas diferentes da língua padrão.
Dialetos:
São variedades originadas das diferenças de região, de idade, de sexo, de classes ou de grupos sociais e da própria evolução histórica da língua(ex.: gíria)
Intencionalidade discursiva: são as intenções, explícitas ou implícita, existentes na linguagem dos interlocutores que participam de uma situação comunicativa.
Conceituado:
Texto: É uma unidade lingüística concreta, percebida pela audição (na fala) ou pela visão (na escrita), que tem unidade de sentido e intencionalidade comunicativa.
Discurso: É a atividade comunicativa capaz de gerar sentido desenvolvida entre interlocutores. Além dos enunciados verbais, engloba outros elementos do processo comunicativo que também participam da construção do sentido do texto.
Coesão textual são as articulações gramaticais existente entre palavras, orações, frases, parágrafos e partes maiores de um texto que garantem sua conexão seqüencial.
Coerência textual é o resultado da articulação das idéias de um texto ; é a estruturação lógico- semântica que faz com que numa situação discursiva palavras e frases componham um todo significativo para os interlocutores.
Elementos da comunicação
Com os
elementos da comunicação, é possível usar como forma de comunicação,
informação, expressão e significados os diversos sistemas simbólicos das
diferentes linguagem. A forma de comunicação está divida entre:
·
Emissor – o que emite a mensagem.
·
Receptor – o que recebe a mensagem.
·
Mensagem – o conjunto de informações
transmitidas.
·
Código – a combinação de signos
utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se
o receptor souber decodificar a mensagem.
·
Canal de Comunicação – por onde a mensagem é
transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar…
·
Contexto – a situação a que a mensagem
se refere, também chamado de referente.
·
Ruído – qualquer perturbação na comunicação.
Relação entre oralidade e escrita
A língua escrita não é mera
transcrição ou reprodução da fala, desse modo não escrevemos exatamente como
falamos e vice-versa. A escrita é uma representação da fala, que possui regras
próprias de realização, que interage com a fala e completa-se.
Num processo histórico, a fala antecede à escrita, estando assim, aquela mais presente e dinamizada em nossas vidas.
Para a criança que inicia seu processo de estudos, se depara com um abismo que separa a oralidade da escrita. Assim, deixar claro para ela quais são essas diferenças, torna-se imprescindível.
A linguagem falada apresenta grande variedade de realizações de um mesmo vocábulo, algumas mais próximas do padrão, e outras, menos prestigiadas, socialmente estigmatizadas. Na escrita, geralmente é usada a língua padrão, por ser valorizada socialmente, pois se assim não fosse, teríamos circulando inúmeras variações da língua escrita, o que poderia causar grande confusão.
Na fala temos o interlocutor presente, permitindo a utilização de recursos não verbais (paralinguísticos), como a linguagem corporal, facial, entonações diferenciadas e a prosódia. Por outro lado, na escrita, o interlocutor (que não está presente) é levado a usar outros recursos como a pontuação e acentuação gráfica, além de outros recursos gráficos e linguísticos. Tais recursos são tentativas de reproduzir e representar artificialmente, o que é possível ser feito naturalmente na linguagem falada.
Além disso, na língua falada utilizamos frases mais curtas, por questão de limitação humana de memorização, enquanto que, na escrita essas frases podem ser mais longas e elaboradas, a fim de que não se corra o risco do texto ficar fragmentado, com frases soltas, prejudicando o entendimento do todo.
Por último, a oralidade também nos permite tratar de vários temas ao mesmo tempo sem sermos redundantes, pois os artifícios usados na fala nos permite compreender a fala do outro, sem que haja comprometimento do raciocínio. Já na escrita, preferencialmente, o texto deve ser enxuto e conciso, tratando do mesmo tema, do início ao fim, para que não se afete a sequência textual.
Tais diferenças são mais evidentes ao indivíduo alfabetizado e com o domínio da língua padrão. Para a criança que está ingressando no mundo alfabetizado, essas diferenças não são tão óbvias assim, uma vez que, para ela, ainda a escrita representa a transcrição da sua fala.
Num processo histórico, a fala antecede à escrita, estando assim, aquela mais presente e dinamizada em nossas vidas.
Para a criança que inicia seu processo de estudos, se depara com um abismo que separa a oralidade da escrita. Assim, deixar claro para ela quais são essas diferenças, torna-se imprescindível.
A linguagem falada apresenta grande variedade de realizações de um mesmo vocábulo, algumas mais próximas do padrão, e outras, menos prestigiadas, socialmente estigmatizadas. Na escrita, geralmente é usada a língua padrão, por ser valorizada socialmente, pois se assim não fosse, teríamos circulando inúmeras variações da língua escrita, o que poderia causar grande confusão.
Na fala temos o interlocutor presente, permitindo a utilização de recursos não verbais (paralinguísticos), como a linguagem corporal, facial, entonações diferenciadas e a prosódia. Por outro lado, na escrita, o interlocutor (que não está presente) é levado a usar outros recursos como a pontuação e acentuação gráfica, além de outros recursos gráficos e linguísticos. Tais recursos são tentativas de reproduzir e representar artificialmente, o que é possível ser feito naturalmente na linguagem falada.
Além disso, na língua falada utilizamos frases mais curtas, por questão de limitação humana de memorização, enquanto que, na escrita essas frases podem ser mais longas e elaboradas, a fim de que não se corra o risco do texto ficar fragmentado, com frases soltas, prejudicando o entendimento do todo.
Por último, a oralidade também nos permite tratar de vários temas ao mesmo tempo sem sermos redundantes, pois os artifícios usados na fala nos permite compreender a fala do outro, sem que haja comprometimento do raciocínio. Já na escrita, preferencialmente, o texto deve ser enxuto e conciso, tratando do mesmo tema, do início ao fim, para que não se afete a sequência textual.
Tais diferenças são mais evidentes ao indivíduo alfabetizado e com o domínio da língua padrão. Para a criança que está ingressando no mundo alfabetizado, essas diferenças não são tão óbvias assim, uma vez que, para ela, ainda a escrita representa a transcrição da sua fala.
Conotação e denotação
Conotação
Uma
palavra é usada no sentido conotativo quando apresenta diferentes significados,
sujeitos a diferentes interpretações, dependendo do contexto frásico em que
aparece. Quando se refere a sentidos, associações e idéias que vão além do
sentido original da palavra, ampliando sua significação mediante a
circunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um sentido figurado e
simbólico.
A
conotação tem como finalidade provocar sentimentos no receptor da mensagem,
através da expressividade e afetividade que transmite. É utilizada
principalmente numa linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios publicitários, entre
outros.
Exemplos:
·
Você é o
meu sol!
·
Minha
vida é um mar de tristezas.
·
Você tem
um coração de pedra!
Denotação
Uma
palavra é usada no sentido denotativo quando apresenta seu significado
original, independentemente do contexto frásico em que aparece. Quando se
refere ao seu significado mais objetivo e comum, aquele imediatamente
reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece nos
dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
A
denotação tem como finalidade informar o receptor da mensagem de forma clara e
objetiva, assumindo assim um caráter prático e utilitário. É utilizada em
textos informativos, como jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de
medicamentos, textos científicos, entre outros.
Exemplos:
·
O
elefante é um mamífero.
·
Já
li esta página do livro.
·
A
empregada limpou a casa.
Funções da linguagem
Funções
da linguagem são as formas como cada indivíduo organiza sua
fala dependendo da mensagem que se quer transmitir. A linguagem pode ser
usada para expressar sentimentos, para informar, para influenciar outras
pessoas etc. A transmissão dessa mensagem pressupõe um emissor, um receptor, um contexto, um código e um canal entre o
emissor e o receptor.
As funções da linguagem
são:
·
Emotiva ou expressiva – quando a linguagem está centrada no próprio
emissor, revelando seus sentimentos, suas emoções. Ex.: “Solto a voz nas
estradas/ Já não posso parar/ Meu caminho é de pedra/ Como posso sonhar”.
·
Apelativa ou conativa – quando o emissor organiza a mensagem com o
objetivo de influenciar o receptor. É muito usada em mensagens publicitárias.
Ex.: Não deixe para última hora! Programe suas férias.
·
Referencial ou denotativa – quando a intenção do emissor é falar
objetivamente sobre o contexto real. É a linguagem de caráter informativo. Ex.:
Textos de jornal, revistas, livros didáticos, científicos etc.
·
Metalinguística – quando a linguagem fala dela mesma, se destina à explicação das
próprias palavras (códigos). Ex.: Quando digo “alto”, significa “parem”.
·
Fática – quando
a linguagem é usada para confirmar se de fato o emissor está sendo ouvido. É um
canal de comunicação. Ex.: Você está me entendendo? Certo? Não é verdade? Etc.
·
Poética - quando
a linguagem revela um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade
das palavras, com o jogo de ideias. Ex.: Textos literários, provérbios etc.
Figuras de linguagem
São certos recursos não-convencionais que o
falante ou escritor cria para dar maior expressividade à sua mensagem.
Metáfora
É o emprego de uma palavra com o significado de outra em
vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É uma comparação subentendida.
Exemplo:
·
Minha boca é um tumulo.
·
Essa rua é um verdadeiro deserto.
Comparação
Consiste em atribuir características de um ser a outro, em virtude
de uma determinada semelhança.
Exemplo:
·
O meu coração está igual a um céu cinzento.
·
O carro dele é rápido como um avião.
Prosopopéia
É uma figura de linguagem que atribui características humanas a
seres inanimados. Também podemos chamá-la de PERSONIFICAÇÃO.
Exemplo:
·
O céu está mostrando sua face mais bela.
·
O cão mostrou grande sisudez.
Sinestesia
Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes.
Exemplo:
·
Raquel tem um olhar frio, desesperador.
·
Aquela criança tem um olhar tão doce.
Catacrese
É uma metáfora desgastada, tão usual que já não percebemos. Assim,
a catacrese é o emprego de uma palavra no sentido figurado por falta de um termo próprio.
Exemplo:
·
O menino quebrou o braço da cadeira.
·
A manga da camisa rasgou.
Metonímia
É a substituição de uma palavra por outra, quando existe uma
relação lógica, uma proximidade de sentidos que permite essa troca. Ocorre
metonímia quando empregamos:
O autor pela obra:
Exemplo:
·
Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares)
O continente pelo conteúdo:
Exemplo:
·
O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo os
torcedores)
A parte pelo todo:
Exemplo:
·
Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto substitui casa)
O efeito pela causa:
Exemplo:
·
Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui o trabalho)
Perífrase
É a designação de um ser através de alguma de suas características
ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
Exemplo:
·
A Veneza Brasileira também é palco de grandes espetáculos. (Veneza
Brasileira = Recife)
·
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. (Cidade
Maravilhosa = Rio de Janeiro)
Consiste no uso de palavras de sentidos opostos.
Exemplo:
·
Nada com Deus é tudo.
·
Tudo sem Deus é nada.
Eufemismo
Consiste em suavizar palavras ou expressões que são desagradáveis.
Exemplo:
·
Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar
no céu = morrer)
·
Os homens públicos envergonham o povo. (homens públicos = políticos)
Hipérbole
É um exagero intencional com a finalidade de tornar mais
expressiva a idéia.
Exemplo:
·
Ela chorou rios de lágrimas.
·
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda.
Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o contrário
do que pensamos.
Exemplo:
·
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar.
·
Se você gritar mais alto, eu agradeço.
Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz natural dos
seres.
Exemplo:
·
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram.
·
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite toda.
Aliteração
Consiste na repetição de um determinado som consonantal no início
ou interior das palavras.
Exemplo:
·
O rato roeu a roupa do rei de Roma.
Consiste na omissão de um termo que fica subentendido no contexto,
identificado facilmente.
Exemplo:
·
Após a queda, nenhuma fratura.
Zeugma
Consiste na omissão de um termo já empregado anteriormente.
Exemplo:
·
Ele come carne, eu verduras.
Pleonasmo
Consiste na intensificação de um termo através da sua repetição,
reforçando seu significado.
Exemplo:
·
Nós cantamos um canto glorioso.
Polissíndeto
É a repetição da conjunção entre as orações de um período ou entre
os termos da oração.
Exemplo:
·
Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para dançar.
Assíndeto
Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas orações.
Exemplo:
·
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos para dançar.
Anacoluto
Consiste numa mudança repentina da construção sintática da frase.
Exemplo:
·
Ele, nada podia assustá-lo.
Nota: o anacoluto ocorre com
freqüência na linguagem falada, quando o falante interrompe a frase,
abandonando o que havia dito para reconstruí-la novamente.
Anafóra
Consiste na repetição de uma palavra ou expressão para reforçar o
sentido, contribuindo para uma maior expressividade.
Exemplo:
·
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um
corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um
rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em
Deus com um sussurro noturno. (Fernando Pessoa)
Silepse
Ocorre quando a concordância é realizada com a idéia e não sua
forma gramatical. Existem três tipos de silepse: gênero, número e pessoa.
De gênero:
Exemplo:
·
Vossa excelência está preocupado com as notícias. (a palavra vossa
excelência é feminina quanto à forma, mas nesse exemplo a concordância se deu
com a pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não com o sujeito).
De número:
Exemplo:
A boiada ficou furiosa com o peão e derrubaram a cerca. (nesse
caso a concordância se deu com a idéia de plural da palavra boiada).
De pessoa:
Exemplo:
·
As mulheres decidiram não votar em determinado partido até
prestarem conta ao povo. (nesse tipo de silepse, o falante se inclui
mentalmente entre os participantes de um sujeito em 3ª pessoa).
Tipologia textual
Tipo textual é a forma como um texto se apresenta.
As únicas tipologias existentes são: narração, descrição, dissertação ou exposição, argumentação, informação e injunção.
É importante que não se confunda tipo textual com gênero textual.
Textos
narrativos
Modalidade
em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e
lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma
relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o
passado. Estamos cercadas de narrações desde que nos contam histórias infantis
até às piadas do cotidiano.
·
Contos
·
Fábulas
·
Crônicas
·
Romances
·
Novelas
·
Depoimentos
·
Piadas
·
Causo
·
Relatos etc.
Texto descritivo
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar,
uma pessoa,
um animal ou um objeto.
A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela suafunção caracterizadora. Numa abordagem mais
abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e
posterioridade. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a
que o texto refere. Nessa espécie textual as coisas acontecem ao mesmo tempo.
Texto dissertativo
A
dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da
realidade. Esse tipo textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões
sobre os fatos e a postura crítica em relação ao que se discute têm grande
importância.
O
texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo
explorado é o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução
onde o assunto a ser discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que
caracteriza o ponto de vista do autor sobre o assunto em evidência e, por
último, sua conclusão.
Nesse
tipo de texto a expressão das ideias, valores, crenças são claras, evidentes,
pois é um tipo de texto que propõe a reflexão, o debate de ideias. A linguagem
explorada é a denotativa, embora o uso da conotação possa marcar um estilo
pessoal.
A
objetividade é um fator importante, pois dá ao texto um valor universal, por
isso geralmente o enunciador não aparece porque o mais importante é o assunto
em questão e não quem fala dele. A ausência do emissor é importante para que a ideia
defendida torne algo partilhado entre muitas pessoas, sendo admitido o emprego
da 1ª pessoa do plural - nós-, pois esse não descaracteriza o discurso
dissertativo.
Texto argumentativo
Esse
texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma ideia
imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas
abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um
texto dissertativo-argumentativo.
Esta
tipologia apresenta:
1.
uma
Introdução (tese);
2.
argumentos
(desenvolvimento);
3.
conclusão
(o que da aprova os argumentos)
Texto injuntivo/instrucional
Indica
como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos.
Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados
no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tempo, receitas
culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras e eventos.
Interlocução
Quando há interlocução, significa que é
possível verificar a compreensão da mensagem e reformular o enunciado as vezes
que forem necessárias, em situações de comunicação oral sem intercâmbio, é
fundamental atender à construção do enunciado e ao modo como se transmite.
Convém "caracterizar" o destinatário (público restrito ou geral; receptor
de conveniência ou voluntário, características sociais, profissionais, de sexo
ou idade,...), conhecer a natureza da mensagem, utilizar um nível de língua
adequado, dominar as funções de linguagem que seduzem o receptor, a perceber
certas condições da comunicação.
·
Tema 4 – Texto como representação do
imaginário e a construção do patrimônio cultural
Gêneros literários
Gênero literário é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias
podem ser feitas de acordo com critérios semânticos,sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. As
distinções entre os gêneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com
subgrupos.
Na
história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se
pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem
comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático. Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o
questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação
seria produzida. Essas três classificações básicas
fixadas pela tradição englobam inúmeras categorias menores, comumente
denominadas subgêneros.
O
gênero lírico se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras.
É importante ressaltar que o gênero lírico trabalha bastante com as emoções,
explorando os sentimentos Entretanto, os outros dois gêneros — o narrativo e o
dramático — também podem ser escritos nessa forma, embora modernamente
prefira-se a prosa.
Todas
as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e
pelo tempo. Todos os gêneros podem ser não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais baseiam-se na realidade, e os ficcionais inventam um mundo,
onde os acontecimentos ocorrem coerentemente com o que se passa no enredo da
história.
O
texto épico relata fatos históricos realizados pelos seres humanos no passado. É
relatar um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado
em tempo
e lugar determinados, envolvendo uma ou mais
personagens, e assim o faz de diversas formas.
As
narrativas utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual (por meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras.
Quanto
à estrutura, ao conteúdo e à extensão, pode-se classificar as obras narrativas
em romances, contos, novelas, poesias épicas, crônicas,fábulas e ensaios.
Quanto à temática, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de
ficção e etc.
Texto
Narrativo
Todo
texto que traz foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço, conflito, clímax e desfecho é classificado como
narrativo. Abaixo, seguem-se modalidades textuais pertencentes ao gênero
narrativo.
·
Fábula:
é um texto de caráter fantástico que busca ser
inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens
principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
·
Epopeia ou Épico: é uma narrativa
feita em versos, num longo poema que
ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um
povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís
de Camões, Ilíada e Odisseia, de Homero.
·
Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a
longevidade do romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza
existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser
citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
·
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção,
geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, curta, engraçada e até
folclores (conto popular) por personagens previamente retratados. Inicialmente,
fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primeiro a
reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.
·
Crônica:
é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem
coloquial,
breve, com um toque de humor e crítica.
·
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o
poético e o didático, expondo idéias, críticas e reflexões morais e filosóficas
a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um
tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, etc.),
sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou
dedutivas de caráter científico.
Gênero
Dramático
É
composto de textos que foram escritos para serem encenados em forma de peça de teatro. Para o texto dramático se tornar uma
peça, ele deve primeiro ser transformado em um roteiro, para depois poder ser
transformado então no gênero espetáculo. É muito difícil ter definição de texto
dramático que o diferencie dos demais gêneros textuais, já que existe uma
tendência atual muito grande em teatralizar qualquer tipo de texto. No entanto,
a principal característica do texto dramático é a presença do chamado texto
principal, composto pela parte do texto que deve ser dito pelos atores na peça
e que, muitas vezes, é induzido pelas indicações cênicas, rubricas ou
didascálias, texto também chamado de secundário, que informa os atores e o
leitor sobre a dinâmica do texto principal. Por exemplo, antes da fala de um
personagem é colocada a expressão: «com voz baixa», indicando como o texto deve ser
falado.
Já
que não existe narrador nesse tipo de texto, o drama é dividido entre as duas
personagens locutoras, que entram em cena pela citação de seus nomes.
Apresenta
qualquer tema, estrutura-se em dois tipos de textos: rubrica e o discurso
direto. Há ausência de narrador e é formado por atos, quadros e cenas porém o
gênero dramático se encontra numa classe gramatical muito grande e alta o que
dificulta o entendimento desse assunto. Abaixo, seguem-se modalidades textuais
pertencentes ao gênero dramático.
·
Elegia: é um texto de
exaltação à morte de alguém, sendo que
a morte é elevada como o ponto máximo do texto. Um bom exemplo é a peça Romeu e Julieta, de William
Shakespeare.
·
Epitalâmia: é um texto relativo
às noites nupciais líricas, ou seja, noites românticas
com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas Noites Nupciais.
·
Sátira: é um texto de
caráter ridicularizador, podendo ser também uma crítica indireta a algum fato
ou a alguém. Uma piada é um bom exemplo de
sátira.
·
Farsa: é um texto onde os
personagens principais podem ser duas ou mais pessoas diferentes e não serem
reconhecidos pelos feitos dessa pessoa.
·
Poesia de cordel: texto tipicamente
brasileiro em que se retrata, com forte apelo linguístico e cultural
nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por aquele povo.
Escolas literarias
Trovadorismo
A
religião desenvolvia-se em mosteiros, e que foram verdadeiros centros de
cultura artística. Tudo o que se produzia na Idade Média estava relacionado aos
textos sagrados e ao cristianismo. A Igreja era o centro do poder naquela
época. A mulher era um símbolo idealizado e distante. Amor cortês, convencionalismo
amoroso. Ambientação aristocrática das cortes. Forte influência provincial.
Amor impossível e platônico devido a posição social da mulher ser melhor que a
do trovador apaixonado, vassalagem amorosa.
Cantiga de amor
O
cavalheiro se dirige à mulher amada como uma figura idealizada, distante. O
poeta, na posição de fiel vassalo, se põe a serviço de sua senhora, dama da
corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante, impossível. Mas nunca
consegue conquistá-la, porque tem medo e também porque ela rejeita sua canção.
Neste
tipo de cantiga, originária de Provença, no sul de França, o eu-lírico é
masculino e sofredor. Sua amada é chamada de senhor (as palavras terminadas em
or como senhor ou pastor, em galego-português não tinham feminino). Canta as
qualidades de seu amor, a "minha senhor", a quem ele trata como
superior revelando sua condição hierárquica. Ele canta a dor de amar e está
sempre acometido da "coita", palavra frequente nas cantigas de amor
que significa "sofrimento por amor". É à sua amada que se submete e
"presta serviço", por isso espera benefício (referido como o bem nas
trovas).
Essa
relação amorosa vertical é chamada "vassalagem amorosa", pois
reproduz as relações dos vassalos com os seus senhores feudais. Sua estrutura é
mais sofisticada.
São
tipos de Cantiga de Amor:
·
Cantiga
de Meestria: é o tipo
mais difícil de cantiga de amor. Não apresenta refrão, nem estribilho, nem
repetições.
·
Cantiga
de Tense ou Tensão:
diálogo entre cavaleiros em tom de desafio. Gira em torno da mesma mulher.
·
Cantiga
de Pastorela: trata
do amor entre pastores (plebeus) ou por uma pastora (plebéia).
·
Cantiga
de Plang: cantiga de
amor repleta de lamentos.
Cantiga de amigo
Eu
lírico feminino. Presença de paralelismos. Predomínio da musicalidade, por esse
motivo apresenta refrão. Assunto Principal: o lamento da moça cujo amado
partiu. Amor natural e espontâneo. Ambientação popular rural ou urbana.
Influência da tradição oral ibérica. Amor possível. Deus é o elemento mais
importante do poema. Pouca subjetividade. É mais popular.
Cantiga de escárnio
Na
cantiga de escárnio, o eu-lírico faz uma sátira a alguma pessoa. Essa sátira
era indireta, cheia de duplos sentidos. As cantigas de escárnio definem-se,
pois, como sendo aquelas feitas pelos trovadores para dizer mal de alguém, por
meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos, num processo que os
trovadores chamavam "equívoco". O cômico que caracteriza essas
cantigas é predominantemente verbal, dependente, portanto, do emprego de
recursos retóricos. A cantiga de escárnio exigindo unicamente a alusão indireta
e velada, para que o destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação
do poeta e sugere-lhe uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante
mordaz.
Cantiga de maldizer
Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de maldizer traz uma sátira direta e sem duplos sentidos. É comum a agressão verbal à pessoa satirizada, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome da pessoa satirizada pode ou não pode ser revelada.
Humanismo
A escola literária chamada Humanismo surgiu já no final
da Idade Média. Ainda podemos ressaltar as prosas doutrinárias, dirigidas à
nobreza. Já as poesias, que eram cultivadas por fidalgos, utilizavam o verso de
sete sílabas e o de cinco sílabas. Podemos destacar João Ruiz de Castelo Branco
como importante autor de poesias palacianas.
Renascimento (ou Renascença) é um termo usado para
indicar o período da história do mundo ocidental aproximadamente entre fins do
século XIII e meados do século XVII com significativa variação nas datas
conforme a região enfocada e o autor consultado, quando diversas transformações
em uma multiplicidade de áreas da vida humana assinalam o final da Idade Média
e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem evidentes
na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a
transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as
estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus
efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Chamou-se
"Renascimento" em virtude da redescoberta e revalorização das
referências culturais da antigüidade clássica, que nortearam as mudanças deste
período em direção a um ideal humanista e naturalista. O termo foi registrado pela
primeira vez por Giorgio Vasari já no século XVI, mas a noção de Renascimento
como hoje o entendemos surgiu a partir da publicação do livro de Jacob
Burckhardt A cultura do Renascimento na Itália (1867), onde ele definia o
período como uma época de "descoberta do mundo e do homem".
Apesar
do grande prestígio que o Renascimento ainda guarda entre os críticos e o
público, historiadores modernos têm começado a questionar se os tão divulgados
avanços merecem ser tomados desta forma.
O
Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região italiana da Toscana,
tendo como principais centros as cidades de Florença e Siena, de onde se
difundiu para o resto da Itália e depois para praticamente todos os países da
Europa Ocidental. A Itália permaneceu sempre como o local onde o movimento
apresentou maior expressão, porém manifestações renascentistas de grande
importância também ocorreram na Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e, menos
intensamente, em Portugal e Espanha, e em suas colônias americanas.
Classicismo
Em
Arte, o Classicismo refere-se, geralmente à valorização da Antiguidade Clássica
como padrão por excelência do sentido estético, que os classicistas pretendem
imitar. A arte classicista procura a pureza formal, o equilíbrio, o rigor - ou,
segundo a nomenclatura proposta por Friedrich
Nietsche: pretende
ser mais apolínea que dionisíaca.
Alguns
historiadores de arte, entre eles Giulio Carlo Argan, alegam que na História da
arte concorrem duas grandes forças, constantes e antagônicas: uma delas é o
espírito clássico, a outra, o romântico.
As
duas grandes manifestações classicistas da Idade Moderna européia são o
Renascimento e o Neoclassicismo.
Serve
também o termo clássico para designar uma obra ou um autor depositários dos
elementos fundadores de determinada corrente artística.
Características
do Classicismo
·
Universalismo
·
Racionalismo
·
Antropocentrismo
·
Paganismo
·
Neoplatonismo
·
Referência à cultura grega
Apuro
formal:
·
Soneto (2 Quartetos 2 Tercetos)
·
Versos Com Até 10 Sílabas Poéticas (Estilo doce novo
& Medida nova)
·
Rimas Bem Trabalhadas
Quinhentismo
O
Quinhentismo tem esse nome por se passar em 1500 e se resume a todos os
acontecimentos históricos vividos no descobrimento do Brasil e a religião que a
Igreja queria passar para os índios em forma de sermões. Inclusive, o que marca
o Quinhentismo é a carta que Pero
Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal relatando
tudo que se passava no Brasil e suas riquezas. É por isso que o Quinhentismo
também é chamado de Literatura Informativa. Porém o Quinhentismo se destaca na
Literatura Jesuíta através dos sermões com intenção de catequizar os habitantes
brasileiros da época (Índios).
Principais
autores
·
Pero Vaz de Caminha
Barroco
Movimento
que tem início na Europa nos séculos XVII e XVIII (primeira metade) e no Brasil
tem o seu início em 1601 com a publicação deProsopopéia, de Bento Teixeira até 1768. E é
apoiado pela igreja católica contra o renascimento e a reforma protestante.
Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra-Reforma,
distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação
natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um
profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora interpretando-a
diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de
cada período. Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia
formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento
barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes,
maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além
de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as
demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são bem
evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Houve uma grande variedade de
abordagens estilísticas, que foram englobadas sob a denominação genérica de
"arte barroca", com certas escolas mais próximas do classicismo
renascentista e outras mais afastadas dele, o que tem gerado muita polêmica e
pouco consenso na conceituação e caracterização do estilo.
Principais
autores
·
poesia lírica amorosa
·
poesia sacra relígiosa
·
poesia filosófica
·
poesia satírica
Arcadismo
No
Arcadismo alguns autores se revoltam com a política, e a sátira passa a ser uma
das principais características. No Arcadismo ocorre também o amor platônico,
como no caso de Claudio Manoel da Costa que em suas poesias falava de uma musa
chamada Nise que na verdade não existia. Já no caso de Tomás Antonio Gonzaga,
já com 40 anos, dedica suas poesias a Maria Dorotéia Joaquina de Seixas (com
apenas 17 anos), a quem chamava de Marília em seus poemas. A família era
contrária, mas, aos poucos, a resistência passou a ser menor. Todavia, por ter
participado da Inconfidência Mineira, foi preso e mandado para a África,
casando-se, então, com Juliana de Sousa Mascarenhas, filha de um rico
comerciante de escravos.
Principais
autores
Romantismo(poesia)
O
Romantismo no Brasil teve como marco fundador a publicação do livro
"Suspiros poéticos e saudades", de Gonçalves
de Magalhães, em 1836,
e durou 45 anos terminando em 1881. O Romantismo foi sucedido pelo Realismo.
Primeira geração (indianista)
·
Nacionalismo
·
Patriotismo
·
Índio como herói
·
Antiestrangeirismo
·
Sentimentalismo
Autores
Segunda geração (ultrarromântica, mal do século e byronista)
·
Atração pela morte (mal-do-século)
·
Individualismo
·
Pessimismo
·
Escapismo
Autores
Terceira geração (condoreira)
por
causa do pássaro condor que tem visão ampla sobre todas as coisas
·
Todas as questões sociais
·
Erotismo
·
Abolicionismo
·
Mulher vista com defeitos e qualidades
·
Política
Autores
Romantismo (prosa)
O
Romantismo na prosa ou também conhecido como romance romântico tem básicamente
as mesmas características que o romantismo na poesia, porém em vez de poesias
são feitos livros onde existem alguns segmentos. Como a prosa social-urbana,
indianista, regionalista e histórica. Com caráter burguês, epidermico, pouco
intelectual e de personagens lineares, saiam nos jornais em fasciculos para
agradar à mulher e o estudante burguês( classe dominante na época).
Principais
autores
Realismo
Correspondeu
ao momento de consolidação do poder político da burguesia, na segunda metade do
século XIX.
Augusto
Comte, Karl Marx e Charles Darwin são os iniciadores europeus com suas
correntes: o Positivismo, Socialismo e Darwinismo. O realismo evidencia fatos e
acredita no real sem sentimentos lúdicos e melosos dos românticos e acredita
que o homem é psicologicamente formado sem nenhuma interferência natural ou
humana
Principais
autores
Naturalismo
O
naturalismo ocorre basicamente na mesma época do realismo; alguns dizem que o
naturalismo é apenas uma manifestação do realismo mas as diferenças são bem
visíveis.
O
naturalismo tenta explicar que o homem é modificado pelo ambiente em que vive e
que a natureza influi na razão. Diferente do romance realista que presa a
classe social dominante, o romance naturalista presa a comunidade mais pobre.
Podemos ver isso claramente ao ler a obra o cortiço de Aluísio de Azevedo
Principais
autores
Parnasianismo
O
Parnasianismo é a forma poética do Realismo.
·
Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve
singularizar-se, dai as palavras raras e rimas ricas.
·
Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato,
a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela
sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado
subjetivismo romântico.
·
Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum
tipo de compromisso, e justifica por sua beleza. Faz referências ao prosáico, e
o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.
·
Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum
tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a
perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal.
Aspectos importantes para essa estética perfeita são:
·
Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe
gramatical. Há uma ênfase das rimas do tipo ABAB para estrofes de quatro
versos, porém também muito usada as rimas ABBA.
·
Valorização dos Sonetos: É dada preferência para os sonetos,
composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três
versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso.
·
Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve
ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze
sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma
simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis
sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.
·
Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada
em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada
como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de
Alberto de Oliveira.
·
Temática Greco-Romana: A estética é muito valorizada no
Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática
abordada pelos parnasianos recupera temas da Antiguidade Clássica,
características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos
descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e
até mesmo objetos.
Principais autores
Simbolismo
Na
Europa, o simbolismo inicia-se na última década do século XIX e avança pelo
início do século XX, paralelamente as tendências do pré modernismo. O misticismo, o sonho, a fé e a
religião passam a ser valores em busca de novos caminhos
Características gerais:
·
Uso de figuras de linguagem (sinestesia e aliteração)
·
Musicalidade (A música acima de tudo)
·
Valorização das manifestações espirituais e metafísicas
·
Rebusca valores românticos
·
Aversão ao que é real
·
Amor ao lúdico e sublime
·
Tenta buscar a essência do ser humano
·
Oposição entre matéria e espírito
Principais autores
Pré-Modernismo
O
pré-modernismo foi um período literário brasileiro, que marca a transição entre
o simbolismo e o movimento modernista seguinte. Em Portugal, o pré-modernismo
configura o movimento denominado saudosismo.
O
termo pré-modernismo parece haver sido criado por Tristão de Athayde, para
designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e
1920". Representa, assim, um período eclético (que possui várias correntes
de idéias, sem se fixar a nenhuma delas).
Embora
vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu
num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras, mas
essencialmente eram marcados por duas características comuns:
Conservadorismo
-
traziam na sua estética os valores parnasianos e naturalistas;
Renovação - demonstravam
íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade
do período.
Embora
tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esse autores não
avançaram o bastante para serem considerados modernos. Notando-se, até, em
alguns casos, resistência às novas estéticas.
Principais
autores
·
Augusto dos Anjos
·
Coelho Neto
·
Euclides da Cunhas
·
Graça Aranha
·
Lima Barreto
·
Monteiro Lobado
·
Raul de Leo
Modernismo
No
Brasil o Modernismo tem data de nascimento: 11 de fevereiro de 1922, com a
Semana de arte moderna de 1922. Representou uma verdadeira renovação da
linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora e na ruptura com o
passado. O evento marcou época ao apresentar novas idéias e conceitos
artísticos. A nova poesia através da declamação. A nova música por meio de
concertos. A nova arte plástica exibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura.
O adjetivo "novo", marcando todas estas manifestações, propunha algo
a ser recebido com curiosidade ou interesse. Para os modernistas, simbolizados
em Mário de Andrade, a prática da poesia tem que ser (ou tem que ter) uma
reflexão consciente dos problemas da linguagem, das suas limitações e
possibilidades. Além disso vêem no poeta um sujeito criador consciente do texto
literário.
O
Modernismo deixou marcas nas gerações seguintes, como se observa, em geral, uma
maior liberdade lingüística, a desconstrução literária e o introspectivismo.
Estes novos elementos foram muito bem explorados por Carlos Drummond de Andrade
e João Cabral de Melo Neto (um mais lírico, outro mais objetivo, concreto),
pelos romancistas de 30, na prosa intimista de Clarice Lispector, pelos
tropicalistas que são motivo de inspiração até hoje na produção contemporânea.
Principais
autores
·
Carlos
Drummond de Andrade
·
Clarice
Lispector
·
João
Cabral de Melo Neto
·
Manuel
Bandeira
·
Mário
de Andrade
·
Fernando
Pessoa
·
Graciliano
Ramos
Fase Contemporânea
É
sempre muito difícil se analisar um cenário teórico fazendo parte dele, sem um
distanciamento mínimo de tempo e espaço. Mas podemos apontar algumas tendências
contemporâneas da literatura brasileira e consideramos o que se tem produzido
nos últimos vinte ou trinta anos, pós-ditadura.
Poesia
Na
poesia, os nomes hoje já consagrados são aqueles que, de algum modo, dialogam
com essas linhas de força da Semana de 22, um diálogo com a função paradoxal de
unificar a variedade da produção contemporânea. O impacto do modernismo de 22,
porém, foi tamanho que conseguiu produzir também uma diversidade interna,
bifurcando a linhagem modernista em:
1.
Uma
vertente mais lírica, subjetiva, à Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Drummond;
2.
Outra
mais experimental, formalista, à Oswald de Andrade, João Cabral, poesia
concreta.
A
poesia torna-se, ainda, por um lado mais cotidiana quanto à temática (Adélia
Prado, Mário Quintana), e por outro instrumento de pressão contra as ditaduras
(Glauco Mattoso, tropicalistas).
Prosa
Contemporaneamente
o que vemos no romance brasileiro e, de certa forma, também no luso, que volta
a dialogar com o Brasil, é o surgimento do que chama-se Geração 90. No Brasil,
o grande marco é o romance Subúrbio, de Fernando Bonassi, que deflagraria em
1994 um processo de renovação da prosa urbana (ou, no caso, suburbana),
com seu realismo brutal, que trouxe novamente para o centro da cena literária
os personagens dos arrabaldes das cidades brasileiras. Cidade de Deus, de Paulo
Lins, ficaria célebre pela sua realização cinematográfica.
Outra
corrente contemporânea é uma espécie de tópica da condição pós-moderna: a
identidade em crise, um extremo do intimismo, que se projeta sobre a estrutura
narrativa, cancelando os limites entre o real e o fantasmático, entre o mundo
descrito e as distorções interiores de quem o descreve. É o caso de Cristóvão
Tezza, João Gilberto Noll, Bernardo Carvalho e Chico Buarque.
Acrescentaria
a tais correntes uma espécie de revisão histórica a partir da ficção. Tanto no
Brasil (Luiz Antonio de Assis Brasil, Miguel Sanches Neto) quanto em Portugal
(Miguel Sousa Tavares) e nos países africanos de língua portuguesa (José
Eduardo Agualusa, Mia Couto) aparecem narrativas de formato convencional e que
se passam inteiramente no passado, mas não resgatando o passado como forma de
contemplação. Atualmente vivemos um momentos barroco, de confusão e crise existencial,
um tipo de literatura que está em alta.
Principais
autores
·
Cristóvão Tezza
·
Chico Buarque
·
João Gilberto Noll
·
Bernardo Carvalho
·
Dias Gomas
·
Gianfrancesco Guarnieri
·
Caio Fernando Abreu
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