domingo, 31 de agosto de 2014

PRÉ-HISTÓRIA
EM BUSCA DE NOSSOS ANCESTRAIS

Os conhecimentos que temos a respeito dos primeiros tempos da humanidade vêm dos fósseis e dos artefatos encontrados nas expedições arqueológicas.
Os estudos dos vestígios deixados pela ação humana originam análises e teorias que serão confirmadas, aprimoradas ou negadas por descobertas e interpretações posteriores. Através desses achados podem ser avaliadas coisas como o comportamento e as organizações sociais, as interferências humanas no meio ambiente e até as primeiras sociedades.
Fóssil de um pterodátilo, réptil voador do período Jurássico com cerca de 200 milhões de anos, encontrado na Alemanha (foto de 2007)



Situando nossas origens 
No centro-norte da África, na floresta tropical das imediações de Chade, hoje desértica, foi encontrado o crânio fóssil do mais antigo hominídeo conhecido até hoje, com idade entre 6 e 7 milhões de anos e pertencia ao gênero Sahelanthopus tchadensis e foi batizado de Toumai. Outros fósseis foram encontrados na região que atravessa a Etiópia, o Quênia e a Tanzânia com idade aproximadamente de 4 milhões de anos, espécies como Australopithecus que se diferenciava de outros primatas pela dentição, andar bípede e postura ereta. Também foram encontrados fosseis da espécie mais evoluída do Homo habilis (mais de 3 milhões de anos) e do Homo erectus (mais de 2 milhões de anos). Portanto ali viveram diversas linhagens paralelas de nossos ancestrais, que se entrelaçam até o surgimento do homem moderno.


Crânio de homem de Neanderthal, do acervo do Museu Nacional de História Natural, localizado em Paris.
















VIDA EM GRUPO
 Ao longo de seu processo de adaptação física ao meio, a espécie humana foi se tornando mais hábil com as mãos, aprendendo a utilizá-la como instrumento de trabalho.
O desenvolvimento do cérebro os permitiu criarem instrumentos que facilitavam suas atividades como no preparo de alimentos e na criatividade que acabava por ampliar sua capacidade cerebral e sua função cognitiva.
Foi através desses instrumentos que os estudiosos criaram critérios para divisão da pré-história em períodos.

Divisão e características dos períodos da Pré-história
Convencionou-se que o primeiro período foi o Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, que se iniciou há aproximadamente 2,7 milhões de anos e se estender até 10000 a.C.
Neste período os grupos humanos utilizavam de utensílios feitos principalmente de lascas de predas, de ossos ou madeira. Eram nômades, ou seja, mudavam-se de local quando os recursos se esgotavam no ambiente em que estavam, ai partiam em busca de novas áreas que lhe possibilitassem a sobrevivência. Suas principais atividades eram a caça, a pesca e a coleta.
Surgiram também as pinturas rupestres, arte que testemunha uma grande conquista de nossa espécie, que é representar concretamente os pensamentos e suas observações.
O segundo período foi chamado de Neolítico ou Idade da Pedra Polida, que se estendeu de aproximadamente 10000 a.C a 4000 a.C. Caracterizou-se por um marco na história da humanidade, que foi a fixação do ser humano em um ambiente. Esta mudança está diretamente ligada com a capacidade adquirida pelo ser humano de domesticar animais e de cultivar plantas.
Ao final do Neolítico em algumas regiões do planeta, tornara-se comum o uso de metais para fabricação de utensílios e equipamentos de caça, por isso o terceiro e último período da pré-história é chamado de Idade dos Metais. Com as modificações ocorridas no período anterior, houve um consequente crescimento populacional. Alguns grupos familiares passaram a exercer domínio sobre outros grupos, gerando assim sociedades ampliadas. A formação das tribos para garantir a segurança e defesa contra possíveis predadores foi a base para a criação dos primeiros Estados. Com o pensamento da posse coletiva veio também o pensamento de posses individuais.
A escrita pelo que se sabe surgiu após a criação desses Estados primeiramente, ao que parece, no Oriente Próximo, no Egito e na Mesopotâmia.

O TRABALHO EM FUNÇÃO DA CULTURA
O trabalho dentro da história da humanidade é um elemento que se confunde com a própria vida, já que é o instrumento utilizado pelo homem a fim de satisfazer as suas necessidades primárias de saciedade corporal e, portanto de sobrevivência, ou seja, o homem interage junto aos recursos naturais a ele disponíveis a fim de buscar junto a estes elementos que lhe propiciam assegurar a sua existência. Nas palavras de Marx:
Antes de tudo, o trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria ação impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de suas forças. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo, braços e pernas, cabeça e mãos, a fim de apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana. (Marx, 1985).
O Conceito de Trabalho ao Longo da História Humana
Trabalho por Solange Richcik Soares, estudante de Pedagogia @ , Em 08/07/2006 

O TRABALHO NA SOCIEDADE TECNOLÓGICA, NO CONSUMO E DE MASSA.

Na Enciclopédia Barsa, o trabalho significa a atividade consciente e social do homem com vistas a transformar o meio em que habita segundo suas próprias necessidades.
O conceito de trabalho como conhecemos hoje é resultado de uma longa e continua transformação desde as primeiras formas de trabalho após o surgimento dos Estados até a forma como conhecemos hoje em um mundo muito “menor” onde a globalização dita as regras de comportamento do ser humano enquanto parte de uma sociedade.
Hoje deparamo-nos com um avanço tecnológico tão impressionante que crescentemente milhões de trabalhadores têm sido substituídos por tecnologias que estes mesmos criaram. As maquinas cada vez mais sofisticadas e “inteligentes” tem tomado o lugar de muitos trabalhadores em escritórios e indústrias.
Para Rifkin - autor dos best-sellers O Fim dos Empregos e O Século da Biotecnologia, membro do Wharton Scholl's Executive Education Program, que trata das novas tendências na ciência e na tecnologia e de suas influências na economia, sociedade e ambientes globais - a revolução tecnológica que estamos vivendo trará grandes mudanças sociais. Segundo ele o homem iria passa menos tempo trabalhando e teria mais tempo para o lazer, ficando livre de longas jornadas de trabalho.
Mas há quem pensa diferente, pensa-se por outro lado, que a substituição do ser humano pelas máquinas causaria uma depressão global através do desemprego contínuo, pois, sem trabalhadores não há consumo.

TRABALHO, EMPREGO E DESEMPREGO

Ter um emprego não só constitui um dos principais objetivos e meios de qualquer pessoa suprir as suas necessidades, mas é também uma forma de integração social. Por isso em muitos países o Trabalho é considerado um dos direitos fundamentais de um cidadão.
Emprego e a função e condição de uma pessoa que trabalha em caráter temporário ou não, exerce algum tipo de atividade remunerada ou não.
Desemprego entende-se por condição ou situação de pessoas incluídas na faixa de idade ativa (entre 14 e 65 anos) que estejam por determinado período sem exercer qualquer atividade econômica, remunerada ou não.
Costuma-se classificar o desemprego segundo sua origem:
(1) Desemprego estrutural, característico dos países subdesenvolvidos, ligado às particularidades intrínsecas de sua economia. Explica-se pelo excesso de mão de obra empregado na agricultura e atividades correlatas e pela insuficiência dos equipamentos de base que levariam à criação cumulativa de emprego.
(2) Desemprego tecnológico, que atinge sobretudo os países mais adiantados. Resulta da substituição do homem pela máquina e é representado pela maior procura de técnicos e especialistas e pela queda, em maior proporção, da procura dos trabalhos meramente braçais.
(3) Desemprego conjuntural, também chamado desemprego cíclico, característico da depressão, quando os bancos retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder de compra dos assalariados cai em consequência da elevação de preços.
(4) Desemprego friccional, motivado pela mudança de emprego ou atividade dos indivíduos. É o tipo de desemprego de menor significação econômica.
(5) Desemprego temporário, forma de subemprego comum nas regiões agrícolas, motivado pelo caráter sazonal do trabalho em certos setores agrícolas.
 http://www.hariovaldo.com.br/site/2012/09/20/homens-bons-serao-beneficiados-com-adequacao-produtiva/









Claudinéa Justino Franchetti
Mestre em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)

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