PRÉ-HISTÓRIA
EM BUSCA DE NOSSOS ANCESTRAIS
Os
conhecimentos que temos a respeito dos primeiros tempos da humanidade vêm dos
fósseis e dos artefatos encontrados nas expedições arqueológicas.
Os estudos
dos vestígios deixados pela ação humana originam análises e teorias que serão
confirmadas, aprimoradas ou negadas por descobertas e interpretações
posteriores. Através desses achados podem ser avaliadas coisas como o comportamento
e as organizações sociais, as interferências humanas no meio ambiente e até as
primeiras sociedades.
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Fóssil de
um pterodátilo, réptil voador do período Jurássico com cerca de 200 milhões de
anos, encontrado na Alemanha (foto de 2007)
Situando
nossas origens
No centro-norte da
África, na floresta tropical das imediações de Chade, hoje desértica, foi
encontrado o crânio fóssil do mais antigo hominídeo conhecido até hoje, com
idade entre 6 e 7 milhões de anos e pertencia ao gênero Sahelanthopus tchadensis e foi batizado de Toumai. Outros fósseis foram encontrados na região que atravessa a
Etiópia, o Quênia e a Tanzânia com idade aproximadamente de 4 milhões de anos,
espécies como Australopithecus que se
diferenciava de outros primatas pela dentição, andar bípede e postura ereta.
Também foram encontrados fosseis da espécie mais evoluída do Homo habilis (mais de 3 milhões de anos)
e do Homo erectus (mais de 2 milhões de anos). Portanto ali viveram diversas
linhagens paralelas de nossos ancestrais, que se entrelaçam até o surgimento do
homem moderno.
Crânio de homem de Neanderthal, do acervo do
Museu Nacional de História Natural, localizado em Paris.
VIDA EM GRUPO
Ao longo
de seu processo de adaptação física ao meio, a espécie humana foi se tornando
mais hábil com as mãos, aprendendo a utilizá-la como instrumento de trabalho.
O
desenvolvimento do cérebro os permitiu criarem instrumentos que facilitavam
suas atividades como no preparo de alimentos e na criatividade que acabava por
ampliar sua capacidade cerebral e sua função cognitiva.
Foi
através desses instrumentos que os estudiosos criaram critérios para divisão da
pré-história em períodos.
Divisão e características dos períodos da Pré-história
Convencionou-se
que o primeiro período foi o Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada, que se iniciou
há aproximadamente 2,7 milhões de anos e se estender até 10000 a.C.
Neste
período os grupos humanos utilizavam de utensílios feitos principalmente de
lascas de predas, de ossos ou madeira. Eram nômades, ou seja, mudavam-se de
local quando os recursos se esgotavam no ambiente em que estavam, ai partiam em
busca de novas áreas que lhe possibilitassem a sobrevivência. Suas principais
atividades eram a caça, a pesca e a coleta.
Surgiram
também as pinturas rupestres, arte que testemunha uma grande conquista de nossa
espécie, que é representar concretamente os pensamentos e suas observações.
O segundo
período foi chamado de Neolítico ou Idade da Pedra Polida, que se estendeu
de aproximadamente 10000 a.C a 4000 a.C. Caracterizou-se por um marco na
história da humanidade, que foi a fixação do ser humano em um ambiente. Esta
mudança está diretamente ligada com a capacidade adquirida pelo ser humano de
domesticar animais e de cultivar plantas.
Ao final
do Neolítico em algumas regiões do planeta, tornara-se comum o uso de metais
para fabricação de utensílios e equipamentos de caça, por isso o terceiro e
último período da pré-história é chamado de Idade dos Metais. Com as modificações ocorridas no período
anterior, houve um consequente crescimento populacional. Alguns grupos
familiares passaram a exercer domínio sobre outros grupos, gerando assim
sociedades ampliadas. A formação das tribos para garantir a segurança e defesa
contra possíveis predadores foi a base para a criação dos primeiros Estados.
Com o pensamento da posse coletiva veio também o pensamento de posses
individuais.
A escrita
pelo que se sabe surgiu após a criação desses Estados primeiramente, ao que
parece, no Oriente Próximo, no Egito e na Mesopotâmia.
O TRABALHO EM FUNÇÃO DA CULTURA
O trabalho
dentro da história da humanidade é um elemento que se confunde com a própria
vida, já que é o instrumento utilizado pelo homem a fim de satisfazer as suas
necessidades primárias de saciedade corporal e, portanto de sobrevivência, ou
seja, o homem interage junto aos recursos naturais a ele disponíveis a fim de
buscar junto a estes elementos que lhe propiciam assegurar a sua existência.
Nas palavras de Marx:
Antes de
tudo, o trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo
em que o ser humano com sua própria ação impulsiona, regula e controla seu
intercâmbio material com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de
suas forças. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo, braços e pernas,
cabeça e mãos, a fim de apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes
forma útil à vida humana. (Marx, 1985).
O Conceito de Trabalho ao Longo da História Humana
Trabalho por Solange
Richcik Soares, estudante de Pedagogia @ , Em 08/07/2006
O
TRABALHO NA SOCIEDADE TECNOLÓGICA, NO CONSUMO E DE MASSA.
Na
Enciclopédia Barsa, o trabalho significa a atividade consciente e social do homem
com vistas a transformar o meio em que habita segundo suas próprias
necessidades.
O conceito
de trabalho como conhecemos hoje é resultado de uma longa e continua
transformação desde as primeiras formas de trabalho após o surgimento dos
Estados até a forma como conhecemos hoje em um mundo muito “menor” onde a
globalização dita as regras de comportamento do ser humano enquanto parte de
uma sociedade.
Hoje
deparamo-nos com um avanço tecnológico tão impressionante que crescentemente
milhões de trabalhadores têm sido substituídos por tecnologias que estes mesmos
criaram. As maquinas cada vez mais sofisticadas e “inteligentes” tem tomado o
lugar de muitos trabalhadores em escritórios e indústrias.
Para Rifkin - autor dos best-sellers O Fim dos Empregos e O Século da
Biotecnologia, membro do Wharton Scholl's Executive Education Program, que trata das novas tendências na ciência e na tecnologia e de suas influências na economia, sociedade e ambientes globais - a revolução tecnológica que estamos vivendo
trará grandes mudanças sociais. Segundo ele o homem iria passa menos tempo
trabalhando e teria mais tempo para o lazer, ficando livre de longas jornadas
de trabalho.
Mas há quem pensa diferente, pensa-se por outro lado, que
a substituição do ser humano pelas máquinas causaria uma depressão global
através do desemprego contínuo, pois, sem trabalhadores não há consumo.
TRABALHO,
EMPREGO E DESEMPREGO
Ter um emprego não só constitui um
dos principais objetivos e meios de qualquer pessoa suprir as suas
necessidades, mas é também uma forma de integração social. Por isso em muitos
países o Trabalho é considerado um dos direitos fundamentais de um cidadão.
Emprego e a função e condição de uma
pessoa que trabalha em caráter temporário ou não, exerce algum tipo de
atividade remunerada ou não.
Desemprego entende-se por condição ou
situação de pessoas incluídas na faixa de idade ativa (entre 14 e 65 anos) que
estejam por determinado período sem exercer qualquer atividade econômica,
remunerada ou não.
Costuma-se classificar o desemprego segundo
sua origem:
(1) Desemprego estrutural,
característico dos países subdesenvolvidos, ligado às particularidades
intrínsecas de sua economia. Explica-se pelo excesso de mão de obra empregado
na agricultura e atividades correlatas e pela insuficiência dos equipamentos de
base que levariam à criação cumulativa de emprego.
(2) Desemprego tecnológico, que atinge
sobretudo os países mais adiantados. Resulta da substituição do homem pela
máquina e é representado pela maior procura de técnicos e especialistas e pela
queda, em maior proporção, da procura dos trabalhos meramente braçais.
(3) Desemprego conjuntural, também
chamado desemprego cíclico, característico da depressão, quando os bancos
retraem os créditos, desestimulando os investimentos, e o poder de compra dos
assalariados cai em consequência da elevação de preços.
(4) Desemprego friccional, motivado
pela mudança de emprego ou atividade dos indivíduos. É o tipo de desemprego de
menor significação econômica.
(5) Desemprego temporário, forma de
subemprego comum nas regiões agrícolas, motivado pelo caráter sazonal do
trabalho em certos setores agrícolas.
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Conteúdo retirado de:http://digital.odiario.com/opiniao/noticia/615761/trabalho-na-sociedade-tecnologica-contemporanea/
Claudinéa
Justino Franchetti
Mestre em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
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